A conversa é mole, mas o papo é firme.

sexta-feira, junho 01, 2007

Daniel na cova do Bartão

É o seguinte:
Vamos inaugurar uma nova seção aqui no pedaço, onde entrevistas exclusivas serão postadas.

Para inaugurar, vamos falar com o Daniel Carlomagno, amigo de velhos tempos, aqui de Ribeirão, mas que já está há um bom tempo na batalha em Sampa. Vocês já o conhecem mas pode ser que não saibam disso.
Só para dar uma deixa, ele fez a trilha sonora incidental do Biografitti, ou seja, aqueles sons que geralmente estão tocando quando ALGUÉM está falando ou andando por aí, e é o que dá dinâmica no processo.

Segue o papo:

BML- Daniel, você faz/fez parte de um movimento musical
paulistano, que nem sei se pode ser chamado de Artistas
Reunidos (pode?), sendo o único outsider, ou seja, não era
nem filho do Simonal, nem da Elis nem do Jair Rodrigues.
Pode falar da experiência?


DC - Quando nos juntamos no final dos anos 90 (Jair Oliveira,
Luciana Mello ,Pedro Mariano, Max de Castro, Wilson
Simoninha e eu), a intenção era transformar os encontros
musicais que fazíamos nos finais de semana num show onde
mostrávamos as novas canções. Ficamos em cartaz todas as
segundas feiras durante um ano e meio .Quando voltamos do
festival Bene More em Cuba, gravamos um cd, Artistas
Reunidos ao vivo e fomos contratados individualmente pela
gravadora Trama.
O fato de não ter um "pedigree artístico" causava uma certa
sensação de inferioridade no inicio ,o que depois se
transformou numa certa confiança , pois percebi que meu
talento era genuíno e construído com o meu próprio trabalho.


BML - Você tem dois discos solos. Conseguiu gravá-los exatamente
como gostaria que fosse, sem pressões ou preocupações com
sucesso? Saiu do jeito que você queria?


DC - Havia uma boa liberdade na hora de criar e boas condições
para produzir porém uma deficiência na divulgação e
planejamento de marketing.

A minha visão do sucesso, com o tempo vem mudando
bastante. Penso que ter uma carreira consistente, fazendo
música de qualidade que ao mesmo tempo alcance uma certa
popularidade é onde mais me realizo.


BML - Você tem composições que foram parar no hit parade, na voz
de outros intérpretes, mas que também gravou em seus discos.
Fale um pouco destas canções, e se para você elas tem a
síndrome de Ana Júlia, ou seja, se caiu no popular você se
estranhou com elas.


DCL - Músicas minhas que ganharam popularidade como “Assim Que Se
Faz” ou “Simples Desejo”, serão sempre associadas ao artista e
ao compositor, pois elas, talvez pela dose de universalidade
que possuem, de alguma forma estiveram presentes na vida das
pessoas, quando não raro, marcaram algum acontecimento na
vida delas. Música tem esse poder de trazer de volta as
emoções ligadas às lembranças.
Acho interessante quando as pessoas me falam de situações
vividas e ilustradas por algumas das minhas canções e como
cada uma dessas pessoas passa a ser quase que co-compositor
pois quando elas escutam, o fazem de uma forma única
transformando numa nova canção.
Negar esse este tipo de canção é quase como apagar uma fase
de sua vida como a infância ou a adolescência.(Em nome do quê?)


BML - Muita gente que possui a trilogia de dvds da Rita talvez
não tenham lido a ficha técnica dos tais, onde consta:
Trilha Sonora Incidental. Esta trilha foi feita por você.
Fale sobre como foi fazer isso, se você usou temas da
Rita, se compôs especialmente para o evento, se já tinha
feito coisas assim, e principalmente como a proposta foi
parar em suas mãos.


DC - Também faço trilhas para comerciais, programas de Tv e
incidentais. O convite surgiu do Roberto Oliveira (que
além da recente série de dvds do Chico Buarque produziu
vários shows e documentários como Elis e Tom 1974 entre
outros) e do seu filho André Wainer que já conheciam o meu
trabalho.
A idéia era fazer algumas músicas inspiradas no trabalho da
Rita de preferência "soando" como se feitas na época
correspondente, isso quando não estivesse usando a canção
original.


BML - Duas coisas que sei, é que você faz um trabalho com o
Renato Teixeira, e também tem alguma coisa com Marcos Valle.


DC - Tenho uma parceria com o Renato em meu segundo cd que se
chama Machina. Ele é um excelente letrista e sabe emocionar
as pessoas. Além da parceria fiz a produção musical do seu
primeiro DVD com os grandes sucessos de sua carreira como
Romaria, Frete, Tocando em Frente. Ficou bem bonito.
Já o Marcos Valle, conheci num show que fiz no Rio. Nos
falamos no camarim, perguntei se ele toparia fazer uma
parceria e fizemos sete canções juntos sendo que duas estão
nesse meu segundo cd. Ele é um grande compositor e melodista
além de ser uma pessoa extraordinária.


BML - Para terminar, o que vem por aí?

DC - No momento estou compondo um novo álbum independente. Estou
também montando a minha produtora que além da produção de
trilhas musicais e comerciais, terá um departamento de
desenvolvimento , direção e assessoria artística.

12 comentários:

Anônimo disse...

Pra quem não sabe e frequenta...hoje é aniversário de Mr Bartsch, meu parceiro,companheiro de todas as lutas. Vida longa pra vc Mr. e parabéns c/ muita saúde.

Daniel ( o pateta) grande figura e entre várias coisas tb é baixista.

Anônimo disse...

ae bartiovisk ..!!

chegou a hora de apagar a velinha .. e cantar aquela “musiquinha” ... ehehehehehehe ..


parabéns meu querido grisalho e escritor preferido ..
que Deus te abençoe e te guie sempre ..
saúde e sorte ... luz e força ..


.. e a entrevista .. muito obrigada .. ler seu blog é ficar sabendo "das coisas" .. .. o cara é bom !!!

Bjão
fefetz

Anônimo disse...

parabéns!
:)

Neco Vieira disse...

O NOME DO MEU BLOG MUDOU MAS SOU O DE SEMPRE :

DANIEL VIEIRA


hey Bart.,..


que legal a entrevista


quero conhece-lo

hehe

estou pra registrar as minhas letras deste ano..


Parabéns a Daniel pela carreira...

O nome faza pessoa neh?


Daniel... Daniel .. Daniel...

Neco Vieira disse...

ó falei falei


e agora q fiquei sabendo

Parabéns, felicidades, sucesso, tudo de bom, que vc continue smp nos trazendo cultura, palavras[e imagens] de conforto, e tantas outras coisas q nos traz,


Parabéns.

[ah e cuidado pra não apagar qualquer ''velhinha'' por ai.. heehe... apaga a que fica encima do bolo.. ou seja a velinha q Fe Lee mandou]

Anônimo disse...

40 anos de sgt peppers..

parabéns pros dois.. tu e eles..

Anônimo disse...

Parabéns ao Sargento Bart Pimenta, que nos apresentou e presenteou com as aventuras de Bárbara Farniente - e continua nos presenteando diariamente com outras maravilhas, tais como este papo com Daniel Carlomagno.

Felicidades, Bart!
e que venham muitos e muitos anos de vida, além de muitas outras histórias da casa ao lado.

Anônimo disse...

Fala cacique da tribo!

Anônimo disse...

Parabens geminiano...mesmo dia que meu pai...
Esses geminianos sao fogo!
Abracos!

Anônimo disse...

Tb sou geminiana !!!

Signo meio maluco haha

Parabensss !!!!!!!!!

Anônimo disse...

Gente, será que o Bart é o Pimenta em pessoa?


E parabéns atrasado!! Felicidades, paz, sorte, dinheiro e saúde pra continuar me mantendo informada! hehehe
Beijos, tio Bart!

Anônimo disse...

Daniel Carlomagno é um grande talento. Inffelizmente, ele foi ofuscado sim no Projeto Artistas Reunidos... É só ouvir o disco... Mas, admiro pelo grande talento e persistência... Logo ele terá o seu lugar ao Sol... e da maneira que escolher ainda...

Beijo! Parabéns atrasado!