Nem tenho como agradecer a todas as manifestações que recebí por um simples aniversário, do qual já não faço lá tanta questão, nestas alturas do campeonato.
Vocês foram muito simpáticos e gentís, uns telefonaram, outros escreveram, outros mandaram recados e assim foi. Putz, muito amáveis. Só posso retribuir continuando por aquí enchendo-lhes as picuinhas, se é que isto é um agradecimento.
Fico aquí pensando, que nesta quarta, 06/06, faz um ano do lançamento de RLML, e de lá até hoje é que conhecí tanta gente bacana, participativa, ou seja, um novo jôgo bem gostoso. Estou de saída para a Bienal do Livro de Natal, que também foi muito simpática em me convidar para uma mordomia destas. Vai ser um bate e volta, mas acho que será muito bom, e depois conto as aventuras. Já vou bem preparado, pois aprendí que em feira de livro fala-se para meia dúzia, mas da melhor qualidade, e dá um papo muito bom. Só me resta contar depois. Portando, meu povo de Sampa, Rio, e até o Rio Grande do Norte, nesta noite de domingo e manhã de terça, o Bart estará passando por cima de vocês. Cuidado.
Eu gosto de ser geminiano, e também de ter nascido neste dia primeiro. Sendo o mesmo dia de Marylin, que é um de meus ícones prediletos, e tempos depois, quando eu tinha 16 anos, neste dia saía o Sargento Pimenta, dos bítous.
Todas as publicações falaram a semana inteira deste disco que faz 40 anos, por isso não vou ficar chovendo no molhado, mas só digo uma coisa: faz tempo que você não ouve este álbum? Ouça. Faz tempo que você nunca ouviu: ouça também.
E ouça várias vêzes, pois é para ir aprendendo a degustar cada nota. Nâo é o meu disco predileto dos bítous, mas é perfeito. Meu predileto chama-se Rubber Soul, e gosto porque foi uma guinada total em tudo que eles estavam fazendo, e virou a música para caminhos nunca inferno de dantes navegados.

Quando o Sargento saiu, 1967, não tinha video-game, poucas tvs, e então a diversão era o rádio. À noite, as transmissões em ondas curtas ficavam muito boas, e assim eu ouvía a Rádio Mundial, do Rio, que tocava muita coisa boa e tinha o Big Boy, de quem um dia eu falarei por aquí.
A outra diversão era sintonizar estações pelo mundo afora, e ficar ouvindo as músicas mais exóticas. Dava pra passar horas e horas assim.
Era quase meia-noite, quando eu estava dando uma passeada destas, e caí na BBC de Londres, num canal que era transmitido para o Brasil. Daí o locutor disse "Nos próximos 40 minutos, vamos mostrar na íntegra o novo álbum dos Beatles, Sargent Papper's Lonely Hearts Club Band".
Não sei como conseguí ir abrindo a bôca cada vêz mais, neste espaço de tempo. Gravadores eram raridade nesta época, por isso tinha que ouvir com muita atenção para não perder nenhum detalhes. E a tortura foi bem maior, pois naquela época, um álbum estrangeiro para sair no Brasil, demorava quase seis mêses.
Dona Rita nadava de braçada nestes tempos, pois a irmã Mary era casada com um inglês, e trazia direto as novidades. Eu como pobre mortal, tinha que esperar.
E hoje lendo uma matéria na Época, fiquei sabendo que foi no dia 12 de maio de 1967 que várias rádios tocaram o disco na íntegra.
A gente era pobre, mas era feliz. Pôxa, é meu aniversário, por isso acho que posso dar uma viajadinha, não posso?
Em tempo, o título do post faz parte de uma letra famosa de Neil Young, que diz: Hey hey, my my, rock'n'roll will never die.
Houve um dia em que todo mundo queria ser um destes...e no fundo era...vamos nessa...
