Blog do Bart

A conversa é mole, mas o papo é firme.

sábado, março 05, 2011

Diadelas

Dia 8 de março será duplamente comemorado, porque é o Dia Internacional da Mulher, e principalmente porque acaba o carnaval, e começa o ano.

Pediram a Ritz, nossa mulher mais representante no pedaço, que escolhesse uma seleção de canções que lhe importassem, o que Ela o fez prontamente e vai aqui em seguida, para se conhecer um tanto do gosto daquela que "odeia música".

Elvis Presley - (You're The) Devil In Disguise
Gang 90 & Absurdetes - Telefone
Jackson do Pandeiro - Chiclete Com Banana
As Frenéticas - Perigosa
Sly & The Family Stone - Family Affair
Peggy Lee - Why Don't You Do Right
Little Richard - The Girl Can't Help It
Marianne Faithfull - As Tears Go By
Donna Summer - Bad Girl
Neuzinha Brizola - Mintchura
Kid Creole - Endicott
Jorge Ben Jor - Rita Jeep
Tim Maia - Bom Senso
Stray Cats - Stray Cat Strut
Carmen Miranda - I Like You Very Much
Wanderléa - Pare o Casamento
David Bowie - Fame
Roxy Music - Love Is The Drug
Alvin & The Chipmunks - The Christmas Song
Brenda Lee - I’m Sorry
Nelson Gonçalves - A Volta Do Boêmio
Nat King Cole - Nature Boy
Angela Maria & Ney Matogrosso - Babalu
Françoise Hardy
- La Question


Quanto à saída Dela do twitter, é uma norma (sim, sim) que Ela sempre seguiu: viva a novidade, dê ela ou não na praia, e que siga a fila, por razões das mais diversas. E de dar na praia é que veio a expressão "entrou areia".
Ela esta gravando dois álbuns, e deve estar amando o que esta bem fazendo, mas em breve não ira querer vê-los na frente de forma alguma. Talvez esta seja a única coisa previsível nEla - a busca pelo que vem por aí. Além do que Ela adora limpar gavetas.

Fechando a conversa e em honra a nossas queridas, a tradução de Le Premier Bonheur du Jour, que tem a leveza feminina, e que não quer dizer o primeiro banho do dia.

A PRIMEIRA ALEGRIA DO DIA

A primeira alegria do dia
É uma fita de sol
Que se enrola em sua mão
E acaricia meu ombro

É o sopro do mar
E a praia que o aguarda
É o pássaro cntando
Sobre o ramo da figueira

A primeira tristeza do dia
É a porta que se fecha
O carro que se vai
O silêncio que se instala

Mas logo você retorna
E minha vida volta a seu curso
A última alegria do dia
É a lâmpada que se apaga

sábado, fevereiro 19, 2011

O caminho ao caminhar

Notinha já com menos destaque na Falha: Projeto que dificulta censura a biografias retorna à Câmara. Manuela D'avila, do PCdoB-RS, na sequencia do proposto por Antonius, o Palóffi, tenta incluir "a mera ausencia de autorização não impede a divulgação de imagens, escritos e informações com finalidade biográfica de pessoa cuja trajetória pessoal, artística ou profissional tenha dimensão pública".

Isso deve passar por pelo menos duas comissões. Atualmente a briga é em cima de uma do Raul Seixas, que uma viúva aprovou, e um coitado gastou cinco anos de trabalho. Agora ela desaprovou. Acho que porque o cara vai contar também de outras viúvas.

Roberto "papa anjo" Carlos disse que lutará até o fim para que a dele continue proibida, e sempre prometendo dar sua versão em livro. Imaginem o capítulo Maria Rita.


Nelson Mota manda boas notícias: acabou uma bio de Glauber Rocha que vai de quando começou no cinema até aos 24 anos. Esta persona era mesmo mutcho loca, muito mais do que seus filmes. E também esta pronto o musical baseado (aff) na bio de Tim Maia. Teve a bondade de mandar o texto, e é mesmo muito bem resolvida com Tim velho observando o Tim novo. Muita música. Só não sei os intérpretes. Mas Tim tem tanto afilhado, sobrinho, enteado, que não faltarão candidatos.

E belo show montado por Ronaldão, para que todos ficassem com dó de quem não precisa nem um pouco. Grande esportista, teve muita sorte na vida, mas o marketing da despedida foi bem calculado. Havia um cantor, Sílvio Caldas, que foi o campeão de despedidas. Fazia uma por ano. Pelé fez um bom tanto também. Já nós do baixo clero, temos muito mais chances de sermos despedidos, do que fazermos uma despedida, não é mesmo?

E para quem não sabe exatamente o que é baixo clero, o cachê de Roberto Carlos para fazer o show de natal no Rio, foi de R$6.400.000,00 (isso, seis milhões e quatrocentos mil reais). Como dizia Evaldo Braga, sorria, meu bem, sorria.

Rita tá demorando para se desvencilhar do twist, mas parece que agora vai. Imaginem a porcentagem de chatos em mais de duzentos mil seguidores. A única coisa boa é fazer com que cada um destes seguidores compre um cd, depois, e tb recomende, mas meu medo era esses chatos interferirem no trabalho em gestação, com suas chatices.
Ela mandou resposta a um pedido que fiz de entrevista sobre os novos trabalhos, dizendo que é bem fetal ainda, e que depois fala. Como sempre, generosa. Mas dentro do quesito você pode fazer tudo que quiser, desde que seja o que eu quero.
Para quem não viu no facebook, um grande achado que nos faz imaginar o que deve existir por aí:

http://www.youtube.com/watch?v=WxwQhrfTEc8

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Será que vai?

Na Falha de hoje, olha só a cabeça da matéria:

"Governo resgatará projeto que impede censura a biografias"

No resumo do funk, o ministro da justiça, José Eduardo Cardoso vai tentar modificar no congréussom um tal artigo 20, que diz "a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou publicação, exposição ou utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas se lhe atingirem honra, boa fama ou respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais".

Por incrível que pareça, o desputado Palóffi tentou colocar uma emenda para garantir a tal liberdade de expressão e informação, em 2008. Não colou. O pequeno texto acima derruba até revista de fofóca, e agora querem tirar uns termos para dar uma melhorada na barra, mas é muito difícil passar, pois podem começar a sair as bios de políticos, como são realmente. E são eles quem aprovam ou não as emendas no texto. Quer dizer...ao menos aumentemos as orações.

E Serjão El Dias Que me Quieras em novo projeto. Quem me deu a dica foi a Simoni de POA, que esta mais por dentro que núcleo de célula. El Dias se juntou a uma banda francesa e ainda com participações de Iggy Pop e da Jane Birkin, aquela que gemia em Je t'aime, do Gainsbourg.

Um link de myspace
www.myspace.com/wearethelilies
E link the vídeo
http://www.rockinpress.com.br/2010/10/01/the-lilies-e-o-novo-projeto-de-sergio-dias-dos-mutantes/

Roquenrou e psicodelia. Só esperamos que não chegue aqui no Dia De Todos os Santos, que é o dia de São Nunca.

Muito bom no site de dona Ritz a inclusão da discografia completa com letras, que são a obra mais completa de La Rubia, não interessa em quais rítmos ou arranjos. E parece que dá pra ler as twitadas por lá também. É bom site atualizadinho.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Eu sou Serafina

Serafina

é uma revista que vem na Folha de domingo, mas só sai em Sampa. Foi nela que CV deu entrevista falando dos filhos evangélicos, mas tem muito mais. Vai na íntegra, para não ficar informação em pedaços. Não coloquei link, porque é só para assinantes da Falha.

Tudo a declarar

por MORRIS KACHANI e ARTUR VOLTOLINI

Caetano Veloso abre as portas de seu apartamento para Serafina, fala sobre Deus e o mundo e expõe seu particular universo

Um homem bonito e imberbe (Bin Laden o acharia mais bonito se cultivasse sua barba?), que aparenta ter bem menos que seus 68 anos, vestido de forma casual, com um casaco Diesel, e que não anda com telefone celular. Com uma prosa livre e gostosa, esse Caetano, que há mais de 40 anos age ativamente na formação da cultura e da sociedade brasileira, recebeu Serafina em seu amplo apartamento na praia do Leblon, com uma varanda de frente para o mar. Nas paredes brancas, nada de quadros ou fotos. De um lado uma pequena biblioteca, do outro os sofás, também brancos, e, sobre a mesa de centro, alguns livros, entre eles um do fotógrafo Mario Testino com imagens do Rio de Janeiro e uma enorme fotobiografia do diretor de cinema Stanley Kubrick.

Lá também estava o músico e escritor Jorge Mautner, 70, eterno companheiro. Quando questionado sobre o por quê de todos perguntarem sobre tudo para Caetano, Mautner responde: "Ele é muito inteligente, tem uma profunda erudição". Caetano incorporou esse papel por conta do hábito de falar publicamente o que lhe vem à mente.

Ambiguidades
As trajetórias de Caetano e da Tropicália se misturam e são marcadas por fortes contradições. Pense numa moqueca. Substitua o peixe pela cultura popular nordestina, pela bossa nova e o samba carioca. Os camarões, troque pela música erudita e o jazz. Em vez de leite de coco, derrame o movimento hippie e o rock'n'roll. E, no lugar do azeite de dendê, os discursos da Primavera de Praga e de maio de 68 na França. Despeje o caldo, não sobre o arroz, mas sobre a vontade de mudar os costumes políticos, religiosos e sexuais do Brasil. Está servida a Tropicália.

Talvez dessas contradições tenha surgido o bordão "ou não", tão atribuído a Caetano. Paula Lavigne afirma: "Nunca ouvi isso sair da boca dele, deve ter sido inventado pela capacidade que Caetano tem de relativizar as coisas".

Cercado por mulheres
Caetano nasceu cercado por mulheres que o mimaram: dona Canô, a avó Júlia, suas cinco irmãs -sendo a mais nova Maria Bethânia-, e as três primas solteiras de seu pai. Embora não seja tão conhecido como dona Canô, seu pai, José Teles, era muito presente. Em Jenipapo Absoluto, Caetano homenageia a seu pai, chamando-o de "meu tanino, meu mel". Sobre ele, Caetano diz: "Era um mulato firme, doce e altivo. Eu o adorava e sinto muita falta dele."

Paula Lavigne -sua última mulher, mãe de seus dois filhos mais novos e sua atual empresária- tinha 13 anos quando conheceu Caetano, então com 40. Ela é considerada a responsável por organizar a carreira e, principalmente, o patrimônio de Caetano. Para se defender do rótulo de mulher controladora, Paula diz: "Não mando em Caetano, mando nas coisas dele". Já Caetano, questionado sobre a administração de seu patrimônio, respondeu: "A maioria dos que têm vocação artística pensa muito pouco em dinheiro. Eu até tentei ser melhor administrador, mas não dou bola nenhuma ao dinheiro. Sou muito aristocrático, não acho que eu possa depender de dinheiro. Mas acho que isso é uma alienação minha".

Apesar de ser a favor da liberação das drogas, Caetano nunca gostou delas. Já tomou cerveja, mas cortou o álcool, odiou o lança-perfume, ficou traumatizado em seu primeiro contato com a maconha, e sobre a cocaína, que diz ter provado apenas uma vez, afirma: "Eu não gosto do ambiente que se forma em torno da cocaína. Detesto! Se eu pudesse eu matava a cocaína". Em 1968, experimentou Ayahuasca, bebida alucinógena indígena, que começou bem, evoluiu para uma experiência mística, onde disse ter visto algo parecido com Deus, e terminou mal, com uma sensação de fim e de morte. Caetano não gosta de perder o controle sobre si.

Vindo de uma família muito católica, ele ia à missa e não dormia sem antes rezar. Quando foi a Salvador, ficou mais próximo do candomblé, onde se iniciou como filho de Oxóssi em casa de Mãe Menininha, no Gantois. Porém, nunca recebeu seu orixá: "É o tal negócio de perder a consciência. Eu não queria entrar em transe. Ficava com medo".

Caetano, que hoje se diz ateu, afirma estar adorando tudo no início do governo da presidente Dilma Roussef: "Dilma tirou a Bíblia de cima da mesa e o crucifixo da parede, eu gostei muito. Lula era mais carola...", diz. Gostou também da crítica de Dilma à falta de respeito aos direitos humanos no Irã. Ao comparar a política externa de Dilma com a de Lula, Caetano se inflamaria pela única vez durante a entrevista: "E quando o Lula apoiou aquele presidente do Irã? Isso é ridículo. Isso é abominável. Lula ir para Cuba, enquanto um dissidente preso fazia greve de fome! O sujeito morre e ele ainda sai arrogantemente, desumanamente apoiando aquelas pessoas sádicas como Fidel Castro e Che Guevara, que mataram mais do que a ditadura na Argentina! Esses caras adoravam um fuzilamento".

Caetano tem três filhos religiosos. Sobre Moreno, que tende ao catolicismo, diz: "Se o papa João 23 fosse santo, ele seria devoto". Seus dois filhos mais novos, Tom e Zeca, são evangélicos e frequentam a igreja Universal do Reino de Deus. Sobre um tropicalista gerar filhos evangélicos, Caetano diz: "Minha geração teve que romper com a religiosidade imposta, a deles teve que recuperar a religiosidade perdida".

Caetano diz ser muito bem recebido quando vai assistir a seus filhos tocando nos cultos e afirma enxergar o bem que a religião fez aos dois. Paula Lavigne comenta: "Zeca encontrou um conforto na religião. Qualquer coisa que faça bem aos meus filhos faz bem para mim".

E sobre o crescente poder dos evangélicos, no Congresso Nacional e na mídia, relativiza: "A Record não tem mais rabo preso com o bispo do que a Globo tem com o cardeal".

Caetano acredita que tanto o pensamento da esquerda militante quanto a moral das religiões repreendem a religiosidade e a sexualidade. Ao ser questionada sobre se a sexualidade ambígua de Caetano a deixava insegura, quando casada com ele, Paula Lavigne respondeu: "Sua bissexualidade é superdimensionada, é muito mais uma bandeira do que um fato, e Caetano carrega um saco de golfe em suas costas, cheio de bandeiras que ele defende de forma apaixonada. Na prática, ela não existia". Jorge Veloso, assessor e sobrinho-neto de Caetano, resumiu assim: "Artista é anjo".

Rio é Freud
Caetano está compondo as canções e produzindo o novo CD de Gal Costa em Salvador. Ele também lança, neste mês, o DVD do seu show Zii Zie, gravado no Viva Rio em outubro de 2010. A banda é formada pelos jovens cariocas Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo) e Marcelo Callado (bateria), e a ótima direção de arte é assinada por Helio Eichbauer: uma simples asa-delta bem iluminada à frente de um grande telão de LED onde são reproduzidas imagens do Rio de Janeiro. O DVD emana uma forte identificação com a cidade. Sobre o otimismo em relação ao futuro do Rio, com as UPPs, Copa do Mundo e Olimpíadas, Caetano diz: "O Rio celebrar-se sem estar resolvido é a história desta cidade. Nos anos 60, quanto mais o Rio exibia sua sofisticação, mais ele apresentava suas limitações para que o Brasil se expandisse. São Paulo, ao contrário, significava a expansão real, a coragem de experimentar, de sentir-se diretamente no mundo". Talvez por isso, Caetano considere São Paulo mais tropicalista que o Rio. "É, aquilo não poderia ter acontecido no Rio. Mas a verdadeira razão de eu ter saído de Salvador e ido para o Sudeste é porque eu queria fazer psicanálise e não havia psicanalistas em Salvador. Eu disse isso ao João Gilberto, e ele falou: "É que na Bahia não se precisa de psicanálise".

Caetano continua até hoje frequentando seu psicanalista e flertando com Freud e Lacan.

Tristeza não tem fim
Paula Lavigne diz que a profundidade com que Caetano lida com as questões mais complexas da vida faz a convivência com ele ser difícil: "Ele nunca vai ser completamente feliz, só a ignorância é feliz". Ela afirma que Caetano pode ficar muito angustiado, e que sofre de insônia por pensar tanto. Diz que já procuraram vários especialistas, mas que até hoje é difícil ele dormir antes das seis da manhã.

Sua irmã Mabel diz que, embora Caetano seja uma pessoa muito alegre, sempre percebe um "fundinho de tristeza" nele: "Ele lutou tanto para ser reconhecido e famoso... E agora que é... Eu só pediria uma coisa a Caetano, para ele ser completamente feliz".

A matéria já acabou, mas vai a informação que Ritz não teve saco pra blog e voltou a tuitar. Fazer o que?

Lobobão foi na Gabi ( que estava predadora) e deu umas vaciladas em perguntas que tocavam em assuntos que não foram bem como ele contou no livro. Ato falho é pra estas coisas.

sábado, janeiro 29, 2011

Enquanto seu lobo já veio

Há que se tomar fôlego para ler a história do Luizinho (Lobo mau com nome de sobrinho do Pato Donald). Se você adora o Lobão, e acha que tudo que ele faz tem sentido, é bom ir parando por aqui.
Já digo que gosto muito de suas músicas, tem dos melhores roques da ultima onda que passou por aqui, alem de uma vida controversa.
Mas (sempre um mas para acabar com tudo) o texto é duro de encarar. Seria mais fácil se o próprio tivesse escrito, pois diríamos que como não é escritor, pode errar um pouquinho. Mesmo assim, para isso existem editores.
Tive duas muito boas, que me ensinaram muito quando de RLML. Primeiro, que quem quer ouvir história de famoso, não esta muito interessado em origens muito detalhadas, tios malucos, primos degenerados, pois toda família tem isso. Assim sendo, meu livro perdeu 4 capítulos iniciais.
E depois, cortar as redundancias e ir direto ao assunto.
No Lobo, as primeiras 200 páginas são terríveis. E tem uma coisa estranha, que é colocar ao final de vários capítulos um tal Lobão na mídia, que nada mais é do que o que foi dito no capítulo. A gente aprende a pular. Outra é o abuso da frase "aí aconteceu um fato que mudou minha vida". Oras, o cara deveria abrir uma transportadora, de tanta mudança que tem no decorrer.

A história do roquenrio não é bem aquela, assim como no relacionamento com a mãe, mas não me atrevo por aqui. O texto poderia ser reduzido pela metade e daria muito mais gosto de encarar. Lembrando que Ritz o chama de Lobobão. Quem é interessado não vai escapar nem do preço, pelo tamanho, e nem do texto, pois nesta terra onde tudo se acoberta, um tanto mais de informação sempre é necessário.

Depois desse, encarei Vaudeville, do Ricardo Amaral, que conta o que pode (acho que 5%) do que pode se contar das farras e bastidores da high society. Também é enorme, mas apesar de ficar se colocando como inventor do mundo em várias situações, como todo bom auto biografado egotípico, não perde muito tempo em origens e devido ao grande número de personagens, muitas histórias para contar.
Fica meio chato porque não perde o jeitão de coluna social, onde importa o sobrenome, suas posses, no caso feminino qual o atual sobrenome, e tem que ser bonito, divertido, etc. Nas artes, não passam de drogados, na society é gente desprendida, divertidíssima, o máximo, engraçadíssima, e um tanto destas palavras que gostam de utilizar. Resumindo, é chato, mas sempre tem histórinhas de bastidores de famosos.

Um bom cd e um belo dvd foram feitos por Gilberto Gil. Fé na festa. É puro forró, sempre lembrando que Gil começou como sanfoneiro. Vale muito conhecer, e é Giló, com a voz que lhe resta, correndo atrás de tempos perdidos em ministérios. Minimistérios.

E completamente longe das capitais, mas de extremo bom gosto, o cd de um amigo de faculdade, que depois ajudou a formar o NÓS, Zé Cláudio, que toca todo tipo de sopro, mas entrou numa área específica muito bacana, que são os pifanos. Gil e CV os apresentaram ao mundo no início de suas carreiras, e quem não ouviu falar na Banda de Pifanos de Caruaru?
Além de seu disco autoral, chamado Pife Camaleão, Zé constroe pífanos, uma flauta feita de bambu, e publicou métodos que ensinam a execução. A Banda Bambu que o acompanha é extremamente competente. O Zé é de Botucatu/SP.
O contato:
zeclaudiopifano.blogspot.com
zemusico@ig.com.br

E Ritz agora promete um blog em breve. É bom lembrar que tempos atrás comentamos como poderia ser sua passagem pelo twitter. Rápida, mas intensa. Aproveitem bem o blog, que assim também será.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Mistérios insondáveis

10 observações pessoais envolvendo o sexo enganosamente frágil:


1 - Observe as com rabo de cavalo. O rabo (de cavalo) move-se rapidamente como um pêndulo de relógio (analógico) quando a dona caminha, mas você não ve nenhum movimento de cabeça perceptível que esteja gerando o movimento.


2 - Fazendo compras num Cenourão, colhendo nosso mato de cada dia, surge uma Mônica Belucci. Bonita no corpo e na idade (mais de 30, claro), mas com tudo em cimíssima, vestido perfeito acima do joelho, salto para realçar as partes. O lugar não é muito grande, e deu para perceber que parou para a apresentação. As mulheres invejando cada centímetro andado, os homens (precisa ver os empacotadores) desejando o impossível. E ela flanando impassível, como se nada estivesse ocorrendo. Para gente assim, é só rotina. Fiquei com dó do dono, se é que tem.


3- Impressionante o número de pés de fora, não interessa o clima. Dedinhos ao ar livre. Mesmo com a constatação de que a maioria dos pés não tiveram a benção divina. Sairam apressadas, antes de terminar a confecção? Temor pelas que dirigem motos, sempre sujeitas a um chega pra lá, com a fragilidade das rasteirinhas. Quando num consultório qualquer depararem com uma Caras, vejam as poses posadas, e depois reparem nos pés. Pavão total.


4 - O arco-íris dos esmaltes. Modo de falar, porque para tanta cor, arco-íris é pouco. Algumas acertam, outras nem tanto.


5 - As ditaduras da moda: a barriguinha de fora na blusinha curta. Quer dizer, quando barriguinha, tudo bem, mas nem sempre é assim. Existem verdadeiras explosões abdominais entre o final da blusa e o começo da peça de baixo. E porque os próximos não avisam que o que era lindo na vitrine ou na amiga, pode não se repetir em manequins vivos?


6 - O auto-flagelo das chapinhas. É sempre bom lembrar que em muitos casos a pessoa nasce com o cabelo compatível com seu rosto. E uma descompatibilizada na marra pode não soar lá muito bem. Mas vamos concordar com 99% delas, que acham que não merecem os fios originais.


7 - Mulher bêbada. Este é um dos grandes flagelos da emancipação. Elas falam alto, puxam briga, e quando o cara que gastou os tufos para um fim de noite ao menos razoável prepara seu bote, elas vomitam. E choram, claro. Tenho ouvido muitos casos de mulheres chegando trolhadas em casa e obrigando seus parceiros a fazer sexo. Opressivo.


8 - O número infinitamente pequeno de garotas que não estejam usando exatamente o que todas estão usando. As não alinhadas são uma boa pista para quem pensa em alguém diferente. Mas este alguém pode ser diferente em coisas em que não é lá muito recomendável que não se sigam certas regras. Os riscos do jôgo.


9 - Tinturas capilares. Tem algumas que parecem uma tela de Van Gogh. Penso muito no futuro, quando vejo algumas velhotas com fios esparços que sobraram dos bombardeios, e perdendo muitas vezes a luta contra as raízes renitentes mostrando o pecado original. E como elas acreditam nos cremes, que prometem mais que eleições. Melhor não contrariar.

10 - Para terminar, o velho axioma de que mulher se veste para outras mulheres. Não para agradar, mas para mostrar que tem gente com dona, ou que se esta pronta para predar. Homem é cegueta bem antes dos obrigatórios óculos. Dito em vários lugares, e nem imagino se tem dono definido a frase, mas a humanidade é carregada por elas no ventre, no colo e nas costas, muitas vezes no ciclo de uma vida inteira. O homem nunca perdeu uma guerra tão bem, quanto na tomada pelo poder, por elas.

domingo, janeiro 09, 2011

O que foi feito no verão passado

Enquanto 2010 ia capengando, muitos livros foram lidos, e ajudaram na trajetória.

O maior número de letras, vieram de dois caras que só encarei agora, que são Haruki Murakami, japonês, e Roberto Bolaño, chileno que teve que queimar o chão de lá para continuar vivo, mas que acabou indo cêdo pelas malidicências corpóreas.

Os dois tem vários títulos por aqui. Murakami mostra que dentro de um japa também bate um coração. Os textos dele são muito baseados em música, do jazz ao pop, e quem gosta vai ter muita diversão. Bolaño quando soube que não ia escapar, desandou a escrever para cuidar dos herdeiros e é um grande inovador como todo bom escritor latino americano. Estou em Antwerp, pequenino mais louquíssimo, e preciso arrumar coragem para encarar 2666, enorme, que já me olha aqui da estante. Quem arriscar, vai passar bons momentos.

Acabei de fechar Life/Vida, do Keith Richards. É uma outrobiografia, ou seja, o cara dita, outro escreve. É bom que eu diga que eu era/sou um garôto como aquele outro que amava os bítous e o istonis. O mesmo impacto de I wanna hold your hand, foi sofrido com Route 66, primeira que ouví. E o grande susto e prazer de ouvir pela primeira vêz o riff de Satisfaction dura até hoje. Sem bairrismo, viva a música.

Não estragarei surpresas, mas o entendimento diminui muito para quem não sabe da obra dos istonis, drogas e falta de sexo. Tem que acabar o mito da trilogia S, D & R'n'R. Onde tem muita droga, não tem sexo e por fim nem mesmo roquenrou.

Keef gasta seu tempo reclamando de Jagger, e tentando justificar as sacanagens para se chegar ao topo do mundo, que acontece com todo mundo que faz o caminho da Combostela. Brian Jones, praticamente o dono da idéia original, foi enxotado, mas morreu logo que foi saído, e não ficou o risco de reaparecer como Tonzé. Também Ian Stuart, verdadeira base do começo por ter uma banda, e que foi defenestrado por ser feio. Também já se foi (um complô?).

Andrew Loog Oldham, o cara que os descobriu nos buracos de Londres, arrumou contrato com gravadora (havia trabalhado com Brian Epstein, e sabia que o sêlo que havia dispensado os bítous não faria isto duas vezes), arrumou uma música de Lennon/Mcartney inédita para um single que os colocou na parada, os levou para o states, onde gravaram e aprenderam técnicas que não existiam na Inglaterra, e principalmente trancou jagger & richards numa cozinha e não os deixou sair até terem uma música composta, no caso As tears go by, da qual tinham vergonha no começo, mas que após o sucesso com Marianne Faithful, foi reconsiderada. Lógicamente Oldham quando não mais interessou, levou pé na bunda. Muito bons os dois volumes que Oldham escreveu, Stoned e 2 Stoned, onde conta tudo em detalhes e que perigas virar série.

Richards trata Bil Wyman como nada, fala bem pouquinho de Charlie Watts, e nem conta que o batera quase se foi por ficar dependente de heroína, que o próprio Richards trouxe para o convívio.
Ron Wood é tratado como bobinho.
Chega ao ponto de dizer que jagger tem saco grande e pinto pequeno (sem comentar que em compensação tem muuuuita grana, garotas), só para se vingar do amigo que catou sua mulher...que ele havia catado de Brian Jones. Achou traição jagger querer fazer carreira solo e cantar músicas dos istonis em suas apresentações...e gravou discos solo e cantou músicas do istonis em suas apresentações. A bronca total vem com a indicação de jagger para sir da rainha.
E a tolerancia de jagger com sua chapação, não foi a mesma que ele deveria ter tido com Brian Jones. Em 90% do livro, as histórias vão até 1980.

Resumindo? Imperdível. Mas jagger tem que escrever a dele para completar o lego, o que duvido muitíssimo.

Logo encaro a do Lobão, que vendeu muito no final de ano. Alguém já leu?

A grande notícia, foi que Ritz anunciou no twist que esta preparando dois registros, um de inéditas, outro de trilhas de cinema in bossa. Mais duas oportunidades adoráveis de curtir nossa
Clarita Leespector em ação. 2011 vai indo bem.

domingo, janeiro 02, 2011

O primeiro dia do resto de uma velha vida

Coisa mais feia. Este espaço que tantas emoções causou, bicho, ficou de escanteio por meio ano.
Mas 2010 foi um ano bem chatinho. Perdas de amigos muito chegados e cutucadas na saúde nada agradáveis.
A energia foi voltando graças a alguns shows memoráveis, que mostraram que a vida continua, e nós é que a energizamos, ou não, a nosso bel prazer.

Começou com o Tributo a Johnny Oliveira, que reuniu gente dispersa por todo lado, para homenagear a perda de um grande músico, e meu maior amigo pessoal. Estivemos juntos por 45 anos, ininterruptamente tocando por este Brasil a fora, e a convivência terminou celere e sem muitos avisos. Extremamente lamentável.
Depois um show de Ritz, que nos recebeu mesmo com uma rouquidão terrível em semana pré show no Rio, e foi carinhosa como sempre. Matogrosso, que foi apresentado pelo Ricardinho e engatou papo bem descontraído antes de ir ao palco do Pedro II.
Gravação do dvd do Kiko Zambianchi, onde mais encontros de velhos companheiros aconteceu, além de um belo show.
Para terminar, o culto a Sir Paul McCartney, no Morumbí para lavar a zica acumulada, e memorável apresentação de Jeff Beck, também em Sampa.

Também um tanto do afastamento, foi por conta do tempo limitado que dedico aos computos, e que acabou indo bastante para twitter e facebook. Twitter não sou muito chegado, pois vc tem que ficar ligado se quiser saber o que rola, e depois que Ritz entrou por lá, vai um dia inteiro para ler tudo que ela escreve.
O Face é mais interessante, pelas informações, achar pessoas afastadas, e o clima amigo que rola, sempre no bom humor. Acho que não ví nenhum barraco por lá, só compartilhamento.
E limito tempo no computo, porque como sempre digo, sou daqueles idiotas que compram cds e dvds originais e muitos livros. Prefiro que a maioria do tempo de lazer vá para ouvir, ver e ler o produto da dita idiotice, but I like it.

Mas é só um welcome back my friend to the show that never ends, e vamos nos falar bastante, pois pode acabar o mundo loguinho.

Avisem aos fregueses que o buteco reabriu sob a velha direção.

terça-feira, julho 13, 2010

Aos costumes

13 de julho é sempre dia de roquenrou. Há 4 anos estávamos em Sampa em dia de PCC, mas alguns malucos nem ligaram para isso e se mandaram para a Saraiva do Morumbi Shopping, e passamos um tempinho bem agradável sob as asas da VovózELA.

Em tempos malvados de Brunos, Felipes e Bispos, vamos ver a saga de alguns roquenrous.

Foi dito que roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido, mas parece que isto aconteceu sem que se importasse com fronteiras. Muita gente bronzeada teve que desviar um tanto considerável de direitos autorais para seus advogados, para não virarem companheiros de Fernandinho Beira-Mar e similares internacionais.

Chuch Berry Quando jovem, Berry passou três anos em um reformatório por tentativa de assalto. Mas acusação pior viria em 1959, quando ele convidou uma índia apache de 14 anos que havia conhecido no México para trabalhar em seu clube noturno em St. Louis. A garota acabaria sendo pega pela polícia, assim como Berry, que foi acusado de entrar com uma menor nos limites do estado com propósitos sexuais. Ele foi condenado a cinco anos de prisão e multado em 5,000 dólares. Berry teve problemas legais novamente em 1979, quando foi considerado culpado de sonegação de impostos. Ele foi sentenciado a quatro meses de prisão e a cumprir 1,000 horas de trabalho comunitário fazendo shows beneficentes. Seu lado meliante quase matou Keith Richards, quando estavam gravando o show para Hail Hail Rock'n'roll, e ele queria mudar a música de tom sem avisar o resto da banda. Nas filmagens ele queria receber em cash todo dia, senão não gravava. Pirar Richards não é tarefa fácil, escolado em Jagger que êle é. O filme explica tudo.

James Brown ( a capivara deste ganha de qualquer um) Nascido de uma família miserável do sul dos Estados Unidos, ainda na adolescência foi preso por assalto a mão armada e condenado a cumprir mais de três anos num reformatório. Foi condenado a seis anos de prisão e libertado em condicional após cumprir dois anos. Em sua ficha policial, há duas acusações por agressão, ambas de mulheres do músico. Em 1988, ele foi preso por agredir Adrienne e por consumo de drogas. Em 1989 James foi preso após uma perseguição em alta velocidade pelos estados da Georgia e da Carolina do Sul, depois que a polícia disparou nos pneus do seu veículo. James estava armado com um revólver e ameaçou pessoas. Condenado a seis anos de prisão, ele só cumpriu três e saiu da prisão em 1991.
A dependência de drogas foi um grande problema em sua vida, que também resultou em prisão. Em 1998, policiais descobriram um armazém ilegal de armas e maconha dentro de sua casa.
Em janeiro de 2004, ele foi preso mais uma vez sob a acusação de violência doméstica. Aos 70 anos, ele teria agredido sua jovem mulher, Tomi Mae Brown, durante uma discussão. Ela foi levada para o hospital com arranhões e hematomas e James permaneceu em cadeia. Ele pôde responder o processo em liberdade. Em 2001, James Brown foi processado por uma ex-empregada por assédio sexual. Segundo Lisa Agbalaya, em 1999, ele começou a assediá-la com freqüência e teria a demitida por não ela não ter respondido às investidas. Ele foi inocentado da acusação sob a condição de que pagasse U$ 40 mil para a ex-funcionária.
Em setembro de 2002, após ter se livrado das acusações de assédio sexual, ele foi novamente processado. Desta vez, por duas filhas. Segundo elas, James nunca pagou a ajuda que teve delas em mais de 25 composições.
Em 2005, veio a tona uma nova acusação de agressão e, mais grave, de estupro. Uma outra ex-empregada do astro, Jacque Hollander, entrou na justiça alegando ter sido violentada sexualmente por ele em abril de 1988, na van do cantor. Segundo ela, ele apontou-lhe uma arma e, após o estupro, a teria espancado. Ela pediu a indenização de U$ 100 milhões, que lhe foi negada pela corte. A justiça não aceitou a demora dela para prestar a queixa.
He feels good.


Jerry Lee Lewis Fora as bagunças corriqueiras, gostava mesmo é de se meter com menores, e a coisa afundou quando se casou com uma prima de 13 anos. Foi fazer shows na Inglaterra e quase foi linchado. Voltou pros states e pegou uma caninha de leve. Depois, para extravasar a raiva (mas nas verdade para arrumar um jeito de derrubar Little Richards em um show) botou fogo no piano, no palco. Vive disso até hoje.

Ike Turner--Apesar de fazer Tina Turner aprender a cantar na porrada (e pelo que ela canta, imagine quanto apanhou), nunca foi em cana por isso, mas em 1991 quando foi convidado ao Hall da Fama do Rock and Roll, não pode ir. Ele cumpria uma sentença de dois anos na prisão por posse de cocaína.

Frank Zappa . Ele estava completamente duro e tinha acabado de comprar o Studio Z, para começar a fazer gravações com o que viraria os Mothers, quando chegou um cara e pediu que ele fizesse uma fita erótica. O cachê seria de 100 dólares, uma fortuna na época (1966). Convidou uma amiga e ficaram durante uma hora gemendo e dizendo palavras em frente a um microfone, sem nem encostarem um no outro. No dia marcado o cara foi pegar a fita, e era um policial disfarçado. Um mês de cana e uma multa que quase acabou com a carreira por alí.

Jagger & Richards (e as namoradas) Em 1967 Jagger, 23, foi pego depois que a polícia, seguindo uma denúncia, invadiu a casa de campo de seu companheiro de ROLLING STONES, Keith Richards, que também foi preso. A casa estava abarrotada de tudo que se possa pensar. Os dois ficaram pirados, pois achavam que não escapariam dessa, mas uma boa fiança e logo após terem pego o sargento que fazia estas apreensões, e que era pior que qualquer meliante.

Keith Richards . Muito tempo depois, Keith já se achando acima da lei entrou com muito brown sugar no Canadá e se deu mal. Cana. Por sorte na época Jagger papava a mulher do primeiro ministro de lá, uma tal Margareth Trudeau, e acabou virando serviço comunitário. Teve que dar um show de grátis, e pronto.

George Harrison e John Lennon- Tambem tiveram a casa invadida pelo mesmo sargento dos Stones, e depois da paúra, também saíram livres, mas esta prisão quase causou a extradição de Lennon, quando se mudou para New York, e os america queriam se ver livres da militancia política dele e da japoronga.

Sir Paul McCartney- Também já se achando acima da lei, quis entrar no oriente na boa com uma boa quantidade de ganja debaixo das wings, e os japorongos, mesmo de olhinhos fechados, tinham o nariz bem aberto, e Macca morgou 10 dias vendo o sol nascente quadladinho.


Michael Jackson Que esteja ao lado de Jesus Nazareno, que dizia vinde a mim as criancinhas, mas Jacko pegou uma caninha de leve e gastou uma fortuna para que algumas histórias fossem contadas segundo seu evangelho.

Mas aos patrícios:

Raul Seixas (Essa contada por suas palavras)
Até hoje não sei realmente qual foi o motivo. Mas veio uma ordem de prisão do I Exercito e me detiveram no Aterro do Flamengo. Me levaram para um lugar que eu não sei onde era... tinha uns cinco sujeitos... bom. Eu estava... imagine a situação... Eu estava nu, com uma carapuça preta que eles me colocaram. E veio de lá mil barbaridades: choque em lugares delicados... tudo para eu poder dizer os nomes das pessoas que faziam parte da Sociedade Alternativa, que , segundo eles, era um movimento revolucinário contra o governo. O que não era. Era uma coisa mais espiritual... eu preferia dizer que tinha um pacto com o demônio a dizer que tinha parte com a revolução. Então foi por isso, me escoltaram até o aeroporto...
E tem tambem a cana e a surra famosa, depois que confundiram Raulzito com um cover e o prenderam por charlatanismo musical.

Rita Lee Quem tambem não sabe da cana de Ritz, quando gravidinha viu aparecer do nada um quilo de ganja em seu banheiro. Cana de um mês, prisão domiciliar e durante 20 anos tendo que ficar prestando depoimento quando entrava em outro país.

Titãs (Antunes/Belloto) -Em 1984 a imagem da banda seria marcada pela prisão de Arnaldo Antunes e Tony Belloto por porte de heroína. Ficou uma sombrinha de que um entregou o outro, mas vai saber. Foram 26 dias de cárcere, onde Arnaldo passou chorando e rezando, segundo o próprio. Afff Maria!!!!!

D2 - De cana em cana, o Planet Hemp fez a fama e D2 saiu de fino atrás da batida perfeita.

Lobão - O velho lobo também teve seu tempo de ver chapéuzinho quadrado, mas não entregou ninguém.

Tim Maia -Esse não é roquenrou, mas no fundo foi o mais roquentou de todos. Cana no Brasil, se mandou para os states, cana por lá, deportado e processo em cima de processo por aquí. Depois perguntam porque durou tão pouco.

Mas tudo isso acima vendeu muito, mas muito disco. E aumenta que isso aí é roquenrou.

E como já dito, Ritz esta no twitter. Mas vamos aprender a lidar: ELA não vai responder nada, e nem deve ler nada do que escrevem (apesar de que se for algo meio assim, tem quem lê e conta).
Imaginem o que ELA deve achar de "Rita eu te amo", "sou seu/sua fã # 1", "a música......mudou minha vida", "vc foi a trilha sonora de minha vida"...ELA deve adorar isso...mas aproveitem, porque ela cansa rapidinho dos brinquedos em geral...shine on you crazy golden tooth...

Vamos terminar com algumas provas do crime










domingo, junho 20, 2010

Aqui esta Wally

Nossa, mas como este pedaço ficou abandonado...mas no período aconteceram coisas tristes, e vamos retomar, que nada é para sempre, nem as desgraças...

Riba fervendo com Feira do Livro e aniversário, tudo ao mesmo tempo. Fui pouco pois não tinha muita coisa de meu velho e antiquado interesse roquenrou. E na verdade nos que fui, foi mais pelos amigos que estavam tocando nas aberturas.

Ví a Roberta Sá. Bela voz, afinada, mas não sou bom sujeito, e por isso 5 músicas foram o suficiente. O frio me mandou pra casa. Mas o outro foi muito bom: Erasmão, em fase muito boa. Eu tinha visto da outra vêz que o tremendão, ainda tremendão, veio com Wanderléa e vários outros jovem-guardas, em 1967. A voz esta meio abalada, mas o cara tem música para ficar uma semana tocando. Tocou novas do CD atual, e as manjadas, com novos arranjos.
A banda é muito boa, e quando vai pro rock 50, tem uma sonoridade vintage. Mas continua não sendo o pai do rock nacional.
Por coincidência, RC estaria no outro dia fazendo um show de grátis pelo aniversário da cidade (ELA fez isso em 2002), e o sombra fez homenagem mas também tirou uma muito engraçada: quando tocou Cover, do novo album, entrou um sósia de RC, de terninho branco, aquele cabelinho, e o povo foi ao delírio, pensando que era o real...o cara ficou jogando flores enquanto Erasmão rolava a canção. A Festa de Arromba encerrou a noite, com todos felizes.

RC estava em um campo de futebol, para milhares, mas preferí ver mais um amigo na abertura e Zélião Duncan para encerrar. Ela é bem tantra.
Eu não entendo porque Zelig gosta de se transformar em outras já que tem um trabalho próprio muito bom. Aliás no set list, bebeu várias vezes na fonte, com Agora só falta você, aquela do apartamento em SP, Ambição e Pagu ( que acho que agora deveria dizer meu peito já é de silicone).
Mas é muito boa de palco, alto astral, cheia das alternativas, e a comunidade estava altamente representada na platéia....afff...enquando RC deveria estar dizendo que prazer abrir de novo com Emoções...

E por falar em platéia, foi mantido o velho axioma de que fã vai no show para tentar cantar mais alto que a atração, e muito, muito desafinado. E geralmente você paga para ouvir isso....afff duplo...

Nesta polêmica de um estádio para Sampa ter joguinhos de copa, e na qual garanto que não tem grana envolvida, fiquei pensando num nome para o monstrengo.
Sempre é nome de um qualquer ou do local onde esta localizado. Pensei em usar um termo que seja bastante usado no esporte, por critério de popularidade.
A primeira idéia foi Gol, que é o momento máximo do masturbol, mas depois descartei, pois tem jogo em que nenhum acontece, ou é feito com a mão ou até comprado, vai saber.
Depois de muita pesquisa, acho que um bom e representativo nome seria Icarai.
É a palavra que todo mundo diz, quando perdem gol feito, o adversário faz um gol, falta perigosa contra seu time, Dunga diz seus convocados, você sai do estádio com a camisa do Palmeiras e dá de cara com uma horda de corintianos, sua tv só esta pegando a Globo, e quem vai narrar é o Galvão, pintou sua calçada inteira de verde-amarelo, e o time foi eliminado...são tantas emoções que nem caberiam aqui. Por estas e outras, seria um bom nome.

E ELA esteve por aqui no Joãorock, mas não falou com ninguem, não foi passar o som, e não desceu do quarto para falar oi...deixei vários livros de mistério, que ela gosta, mas o mistério é saber se chegaram a ELA. Em janelas fechadas, nao tem tranças. Reclamaram que o show foi pequeno, mas festival com várias bandas é assim mesmo....eu acho...

Daqui a pouco, vamos ver o que é que a Costa do Marfim tem.

E RLML fez 4 aninhos. Avisem os outros 5 que tem este post por aqui, ok?