A conversa é mole, mas o papo é firme.

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sexta-feira, maio 04, 2007

Em frente que atras vem gente

Como o ser humano gosta de complicar a coisa.

Duas discussões tem pautado papéis impressos e telas televisivas das mais diversas formas.

Uma, envolvento o polêmico abôrto, é determinar quando começa a vida. Uma bomba é considerada quando explode, ou quando foi aceso o estopim? Uma corrida só vale quando os atletas dão o primeiro passo da marcha, ou quando o juiz acabou de apertar o gatilho da largada?
Ora, novinhos, medianos e velhinhos. Começou o proceso, começou o processo. Em qualquer dos milhares de exemplos que podemos citar, interrompeu a ordem cronológica de um evento, acabou a festa. Por mais que esteja preparado, não saberemos o nome do vencedor. Só em outro evento. E embora a vida não tenha se manifestado materialmente, ela já existe nas intenções e vibrações.
O que me deixa mais ensimesmado é a dicotomia (ah, gostaram né?...só olhando no dicionário pra ver se esta certo ou se é inventado) que existe nesta situação: o mesmo Estado que defende a vida, também defende a morte. As leis que proibem o abôrto, são feitas pelo mesmo sistema que legitima a pena de morte.
Muita gente, mesmo que não seguindo religião alguma, sabe que existe muito da sabedoria humana na Bíblia, e lá está a chave da questão: LIVRE-ARBÍTRIO. O mínimo que se pode dar a um ser humano, é ser dono de seu próprio nariz. Acho que não precisa se dizer mais nada.

A outra discussão, é a redução da maioridade penal para 16 anos. Pesarosamente sou obrigado a concordar que a juventude de hoje, por mil e uma razões é obrigada a ficar adulta muito mais cêdo do que nos meus tempos. Crianças que mal sabem andar e falar, já se vestem de gente grande, assistem novelas de gente grande, tem problemas de gente grande, e acabam por falta de opção, tendo de agir como gente grande. O projeto foi aprovado na Comissão de Justiça do Senado e vai para plenário para ser aprovada. Serve para tráfico, tortura, terrorismo e crimes hediondo(e qual crime não é hediondo?). E uma junta deverá indicar se o jovem tinha discernimento sobre o crime. Tudo isto irá render bons livros e bons filmes, mas não vai resolver nada de nada. Vencemos uma doença quando está em seus primórdios ou na fase terminal? E não é com prevenção que se evita vários males físicos? O sistema punitivo é uma instituição falida e tudo será muito melhor quando a prioridade for educação.

Mas vamos amenizar, né? Uma lésbica casa com 4 mulheres e é procurada pela polícia islâmica, na Nigéria. Logo após o casamento, para cerca de 2000 convidados, e com uma festa que durou dois dias, a vizinhança (que não deve ter sido convidada), avisou a polícia islâmica, e a Aunty Maiduguri(guardem este nome) teve que se mandar rapidinho.
Mas voces sabem muito bem que polícia não descobre nada. É sempre denúncia de quem não foi convidado para a festa. Isto vale para a gandaia, corrupções e correlatos, sempre.

Um jornalista de esportes do Los Angeles Times, trabalhando por lá há 20 anos, e chamado Mike Penner, com 49 anos, escreveu estes dias seu último texto. Quando voltar de suas férias, será Christine Daniels. No texto excrito, ele escancara o armário e diz que levou 40 anos de lágrimas e análise para se assumir transexual, e vai continuar escrevendo sobre esportes. O jornal apenas comentou que ele é um funcionário exemplar. Demorou, santa.

E fizeram um pouquinho de justiça, ao despedirem sumariamente o comentarista esportivo idiota, também americano, que chamou um time-zebra de basquete feminino, que acabou se destacando num torneio, de "putinhas de cabelo pichain".
O idiota perdeu o programa, o emprego e agora só arruma colocação na Klu Klux Klan.

Mas que coisa mais feia, heim seu Roberto Carlos?

Como diria Fernandinha Young: "Eu quero que se foda a Mesopotâmia". Um dia eu conto esta história.