A conversa é mole, mas o papo é firme.

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terça-feira, janeiro 08, 2008

60 anos - a entrevista - parte 1

Vamos começar o dois mil e outro em grande estilo. E em traje de gala, pois o momento merece. Não é todo dia que se faz 60 anos, e fui dar uma cutucada em quem acabou de fazê-lo, para saber se é verdade o ditado de que na vida o caminho para chegar é muito melhor do que o lugar em que se chega.

Neste dia 31 de dezembro de 2007 ela tornou-se uma sexagenária, e muito mais sexygenária do que este pobre aqui poderia imaginar. A mulher é praticamente o caminho inteiro mal andado.

Embutida em seu esconderijo já descrito em outra publicação, depois de muita insistência ela nos recebeu e se mostrou, durante a conversa, ora enfastiada, ora alegre, ora irada e tantos outros sentimentos transparecendo lá e cá, mas sempre bela e fagueira.

Faz quase dez anos que não nos víamos. Você parece até mais jovem do que quando tinha 50. Tem algum segredo? Acha que se parar de tingir o cabelo esta imagem muda?

Eu mais aceitei conversar com você, para dizer na sua cara que aquela pôrra daquele seu livrinho só me encheu o saco. Ninguém prestava atenção em mim, e agora fico na boca de Matildes, até das famosas. Coisa chata, meu. Agora ficam metendo o bico em minha vida toda hora.

Parece que você se esqueceu de quem é que ficava metendo o bico na vida dos outros.

Mas eu não contava para ninguém. Você é que contou.

Ahnn..bem, fala dos cabelos que é melhor.

Eu não tinjo cabelo nenhum. Quer ver a identidade?

Mas a na Identidade também pode estar tingido.

Nã, nã....na verdadeira identidade ninguém tinge. O problema é você conseguir vê-la.

(Nem sei se devia dizer isso, mas jornalisticamente, tenho que relatar: Ela levantou a saia e mostrou...bem....mostrou as partes)

Lembra de uma máxima ocultista que diz que o que está embaixo é como o que está em cima?

(fiquei meio atordoado com a visão daquela mata atlântica, mas tentei manter a indiferença, como se tudo fosse bem normalzinho)

Meu caro, tem gente que rapa tudo para disfarçar, mas a verdade mora bem neste pedaço.

Você conhece alguém que tem a parte de cima muito diferente da parte de baixo?

Sei muito bem de quem você gostaria de saber se o tingimento ou não iria mudar as coisas. Estou achando que você está entrevistando a pessoa errada. Aliás, todo mundo tenta me usar de ponte para chegar naquela uma. Acho melhor você ir direto lá pro sertão onde ela mora atualmente. E ver com seus olhos, se os guardiões deixarem, como o que está em cima difere em muito do que está embaixo.

(deu para sentir que ia ser duro fazer uma pontezinha para saber de umas fofoquinhas, já que a ZINHA está há um bom tempo fechada em copas...mas não percam o resto, porque isto está mal começando)