A conversa é mole, mas o papo é firme.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Nada será como Dante


Bem. Êsse é pra comemorar que vai começar a aparecer foto. Parece que o pau era uma manutenção no servidor do blog. Mas é machista êsse negócio de dar pau, né? O feminino seria embucetou? Bom, se alguém tiver um termo melhor, ajuda aí.
Esta foto tirei na FNAC, em frente à Gazeta, antes de começar o programa. É bom você chegar num lugar como Sampa, entrar numa grande livraria e ver seu trabalho em destaque.
Mas na verdade usei a foto é para mostrar o livro que está ao lado de RLML. Nada será como antes, de Ana Maria Bahiana.
Essa mulha é a Nelson Motta de saias. Escrevia em todas as publicações sôbre música nas décadas de 70/80. Sim, houve tempos em que existiam várias, mas várias mesmo, publicações só com respeito à música. Agora as bancas parecem açougues. Só tem carne pendurada.
Este livro foi originalmente lançado em 1979, e agora reaparece com comentários extras atuais sôbre cada capítulo. É muito bom, pois Ana comenta agora com distanciamento o que foi escrito ainda com a história em ponto de fervura. Trata de Chico, Caetano, Gil, Raul, Arnaldo, Pepeu, Ney, e muitos mais. Tudo o que interessa, durante a década de 70. Lembrando que Ana acabou de lançar o também ótimo e mais abrangente Almanaque dos anos 70. Mas Nada será é bem mais específico. É Pura Música.
Mas já devem estar pensando que ela esqueceu alguém. Pois bem. Página 130. Essa tal de Rita Lee. Rita está recém chegada para morar no Rio, recém mãe, recém saída da prisão e prestes a sair em turnê com Gil, no agora histórico Refestança.
Isto é só uma pincelada no bonito texto, e o livro merece ser adquirido também pelas outras matérias, imperdíveis. Na maioria eram naus tentando achar novos rumos, pois os tempos estavam mudando, a ditadura começando a querer acabar. Fazer o que? Lendo o livro você vai entender um pouco.
Mas sem pedir permissão nenhuma, reproduzo o comentário dêste capítulo, feito atualmente pela autora:

Esta sempre foi uma das minhas matérias favoritas. Para realizá-la, eu tive um acesso privilegiado, o tipo de convívio continuado que é o sonho de qualquer jornalista incumbido de traçar um perfil. Dois fatores tornaram esse convívio ainda mais extraordinário: o fato de que nunca me foi imposta qualquer restrição, cobrança ou controle com relação ao resultado final do texto; e que Rita Lee estava no auge absoluto de sua popularidade como popstar.
Rita teria muitos outros oauges - ela soube como poucos administrar a difícil curva de uma trajetória longa, mantendo-a sempre interessante, produtiva, relevante, saborosa. Creio que é possível ver, na jovem mulher de personalidade complexa que surge nesta matéria, a mulher madura, mas não careta, que conhecemos hoje, paradigma de uma das ironias mais avassaladoras da história - como envelhece a geração que não queria envelhecer? (No caso de Rita, a resposta é "muito bem, obrigada" ou "uma velhinha bem sapeca".)
Tivemos muitas coisas em comum durante e depois deste encontro na primavera de 1977 - um astrólogo, amigos, filhos ( o meu nascido pouco mais de um ano depois de Roberto Jr., ganhou os sapatinhos e roupinhas incrementadas que tinham sido dele). Permaneceu, sem precisar ser dito, um grande carinho e uma espécie de torcida muda e mútua.

Aí termina o texto. É bom saber como era Rita há 30 anos atrás. Mas o bom, é que no sábado, dia 16, aqui na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, no mesmo local teremos às 15:00 Juca Kfouri & Sócrates, às 17:00 Ana Maria Bahiana, Soninha & Fátima Shaguri e às 19:00 Nelson Motta e Henrique Bartsch. Quem estiver aqui, prepare-se para a maratona. Vou lá abraçar a Aninha pelo belo trabalho que sempre fêz. E com o Nelson, lá vou eu de gota e ele de oceano. Mas tudo vira chuva, cedo ou tarde.

Norma Lima dá aulas na UFRJ, faz teses, o escambau, mas nas horas livres corre atrás de Rita Lee. Entre uma corrida e outra, fêz uma verdadeira tese sôbre RLML.Vai o link. Obrigado, Normix.
http://www.estacio.br/rededeletras/numero19
Agora Norms, você comenta alguma coisa, aproveita e coloca o enderêço do seu blog pro povo conhecer.
E já que virou comercial de blog, vai aí um bem engraçado do meu amigo Cleido:
http://pergunta-que-eu-respondo.blogspot.com/

Dei o número da página da matéria da Rita no livro, porque sei o que é ser durango. Não tem grana? Encosta numa livraria qualquer, página 130, e vai ficar sabendo de tudo. Só não vai levar fisicamente para casa, mas leva na memória.

13 comentários:

Anônimo disse...

Aninha ...
Fiquei fã dessa "muié " é é ...
È engraçado que todo texto que se lê de Rita por mais que diferente tem sempre uma alma presente muito intensa ..

Por falar em texto Normix está com tudo e não está prosa .. A poeta carioca arrasou na tese. O texto é informativo , inteligente e principalmente carinhoso ..

Dali dona "Normá" !!
Um conselho aos leitores : Não se meta com ela ...
ehehehe

Bjos ..
Deixem me ir ..
Que hoje o meu programa vai até ALtas HOras .. ehehe

Anônimo disse...

Ana Maria Bahiana, lembro que lia muitas matérias dela bem simpáticas sobre o trabalho da Rita na década de 70. Era difícil falarem bem da Ri naquela época, justiça seja feita.
Só ficamos felizes em verificar como o livro de Bartsch está sendo divulgado, e nem poderia ser diferente, pois ele é maravilhoso (o autor e o livro). E é bom que tenha saído o meu ensaio (não é tese, Bartbobo) em uma revista literária, de uma Universidade, pois ajudamos mais ainda o livro a adentrar nos circuitos acadêmicos, nos quais a Rita já adentrou há muito tempo. Estou catalogando uma quantidade impressionante de dissertações, teses, monografias e outros bichos sobre ela.
Quem quiser se distrair um pouco lendo as aventuras de uma fã, dá uma passada no meu blog: http://normalima.blog.terra.com.br
Obrigada pelo espaço para propaganda, viu Bartô?

Anônimo disse...

amigo bart,
só agora tive um tempo para desvelar todo o seu blog, não sabia que o grupo Nós era tão engraçado! adorei também o ensaio sensacional de norma lima, pessoas antenadas nos enriquecem a alma.deixo aqui mais uma vez meu grande abraço para você, bart

Anônimo disse...

xiiii lah vem a prodessorinha dando aula, vai se danar carmem

bjs da gilda =)

Anônimo disse...

gilda encéfala mór,

você teclou errado pra variar, "professorinha" é com "f" essa letrinha ao lado do "d"!

existem cursos de digitação, sabe?

Anônimo disse...

ai meu saco vocÇ~e carmem dever ser uma solteirona mal amada

Anônimo disse...

sem comentários...

Anônimo disse...

se afinou perua?

Anônimo disse...

Carmem e Fernanda, obrigada pelos elogios.
Gente, desculpa, mas o que é essa Gilda???

Anônimo disse...

Ei Anonymous !! è contigo mesmo ...

Nunca, nunca vou conseguir retribuir ...

Agora sou eu que não durmo mais ..

Obrigada, muito obrigada ...
do fundo da alma ...
Sei lá se vai ler mas ...

I love you ...
Esse dia foi indescritível ...

Bartz perdoe a invasão do espaço mas precisava dizer ...

Cafuné na tua insônia ..
Que Deus te abençoe ...

Eu te amo e isso é verdadeiro ..
Fernanda Lee

Anônimo disse...

lembro da ana maria bahiana na revista rock, comentários espertos, textos poeticamente idem!
Ela, com certeza, ajudou a formar meu gosto musical. O chato era quando ela falava mal, com sobriedade, duns que eu gostava na época. Daí, meu espírito adolescente ficava em dúvida: fico com o artista ou com a crítica??????

Anônimo disse...

norma querida,
deixe-me tentar explicar:gilda é uma jumenta de blogs, não deve fazer outra coisa na vida a não ser se intrometer onde não lhe compete, espero que os êrros de português da infeliz não lhe cause muito mal estar, é assim mesmo, procure ficar calma e lembre-se que gente encéfala não tem capacidade de entender sua brilhante tese, talvez se você lhe oferecer uma bela cesta de alfafa ela fique feliz e nos deixe em paz por uns tempos,
abraços da nova fã

Anônimo disse...

Coitada de você, Carmem, sendo perseguida por esta Gilda! Jumenta de blogs, bela cesta de alfafas... hahahaha. Adorei!
Um beijo muito carinhoso pra você, querida!
Minha fâ? Imagina!