A conversa é mole, mas o papo é firme.

quarta-feira, julho 11, 2007

DVD Cê de CV

Caetano gravou um especial para o Multishow, que vai virar programa/dvd, já anunciado para setembro.
Mas sempre temos testemunhas oculares, e Leandro Vallim manda o relato daquilo que ninguém vai ver, incluindo fotos exclusivas. Lembrando que assistí CV no Circo Voador, com Vallim e Normix, quando do lançamento de RLML no Rio, em dezembro 2006. Dei uma editada para ficar mais curto, e Vallim prometeu processo. Oremos.

Fui ao show Cê de CV novamente. Desta vez na Fundição Progresso, uma casade shows em frente ao Circo Voador.Fui com um colega do trabalho. Chegamos lá por volta das 19:30hs. A casa vazia. Decidimos beber um, dois, três,... quantos(?) chopps.Quando voltamos para porta de entrada da casa de shows, estava abarrotada. E lá estava a equipe do multishow percorrendo a platéia que aguardava. Como um imã (tenho imã pra isso e pra malucos e bêbados) o repórter veio logo em cima de mim, perguntando se podia dar uma entrevista. Respondi que não. Bom,...entramos e ficamos bem lá na frente.




O clima na casa era de desrespeito. O tipo de gente que encontra a sua tribo e diz "vamos prá fundição zoar". E o outro dispara "mas o que tem lá hoje?", "Acho que é Caetano Veloso, ou Chico Buarque, acho que é mpb". Ao começar o show, colocaram uma grade em formato de triangulo em frente ao palco no lugar do microfone. Caê entrou apático no palco. Assim que o apresentaram, o véio entrou até mesmo antes dos músicos pegarem seus instrumentos. Ficou no palco aguardando, meio frio, sem sal. A entrada não foi aquela apoteose misteriosa e triunfante, que sempre gosto em qualquer que seja o show ou o artista. Os fotógrafos entraram e a produção dele nos informou que seriam só as duas primeiras músicas. Depois da 2º música, sairam.



Daí decidiram tirar a grade triangular e deixar "normal". Foi um tumulto só. Empurra-empurra, briga. E eu junto, todo espremido. Daí Caetano pára o que estava falando e diz pra produção "quando vocês resolverem o problema eu continuo". Aí ele deu tchauzinho pros fotógrafos e pela fala discordou daquilo ali. Mas o show realmente é merecedor de um dvd. Depois nem tentei camarim. Estava completamente morto de cansado. E adoro esses momentos históricos. Gravação de dvd. Falou novamente aquela história manjada do cara que falou dele e seu violão. Confessou a música pra Piovanni. Mas a organização do multishow é péssima. Muito mal organizado, equipamentos mal montados. O trilho do carrinho da câmera esbarrando na grade, uma coisa muito bagunçada. No final do show, a produção do multishow tava com cara de desânimo e balançando a cabeça num aspecto negativo. Acho que rolou estresse. E Caetano tava doido pra rapar fora daquele lugar chato. Um monte de gente que não tinha nada a ver com o tipo de público PARA ASSISTIR CAETANO. Até ele pediu silêncio porque realmente tava muito desrespeitoso. A platéia parecia de frequentador de pizzaria. O cantor lá na frente (nada mais nada menos que Caê) e o povo conversando, bebendo, fumando e falando aos berros. No momento voz e violão, ele teve que parar de cantar, pois sua voz era interrompida e abafada com o zum-zum-zum do público jovem e que gosta da "night". A platéia reclamou da luz forte, Caetano pediu ao operador que tirasse a luz da platéia. Caetano pediu silêncio novamente. Parou, não pediu mais, ficou imóvel, até que alguns que estavam ali pelo show começaram a pedir silêncio por ele. Com ou sem razão de sua atenção, achei-o seco, frio, sem sal...impaciente com a direção falando pelo ponto.



E a cada repetição pedida, parecia que aumentava sua impaciência. Caetano voltou e repetiu muitas músicas e disse "agora o som vai melhorar, vai ficar melhor, pois somos menos".E o povo ia dando as costas e indo embora, mesmo antes de Caetano ir embora. O público ficou mais seleto, a nata do nada...ou nata de um todo. Daí ele agradeceu por ficarmos e fazia cara feia ao repetir a música. Uma música que ele cantou num clímax, num orgasmo musical, ele já não cantava tão assim, não se empolgava tanto, não pulava tanto como na primeira apresentação da música repetida. Apesar dos pesares, acho que vai ser um belo trabalho, com um repertório bom pra cacete, um som mais rock, uma agressividade bacana já definida como Caetano.

Muito obrigado, mr. Vallim.

5 comentários:

Anônimo disse...

Putz, Lelé Vallim, e tu ainda me convidou pra essa roubada? Ainda bem que eu não fui!!!
Mas, sério, gravar DVD não é fácil, ainda por cima com o público mais a fim de comer pizza do que de ver o cara cantar... as gravações de Ritinha são sempre muito legais (Rita Lee Acústico, MTV, no Teatro João Caetano - RJ, e Rita Lee MTV Ao Vivo no Hotel Unique - SP) foram inesquecíveis. Principalmente porque ela tem aquela paciência de Jó e muito bom humor, então, quando ela sai de casa, já vai predisposta.
Adorei o relato do Lee Andro!!!!

Anônimo disse...

É... Falta de educação é o mal do século.

Anônimo disse...

"Será será que será que será que será...?"
Tomara que dê tudo certo... CV merece... ou não.

Anônimo disse...

Pois é...com a edição, deve sair um trabalho legal devido ao som da banda, rock e do repertório bem selecionado - típico para uma gravação de dvd.
Mas que foi uma coisa esquisita, foi.
E agora tô afim de ir ao show da irmã dele, lá no Canecão. Tô com o último dvd de bethânia e é uma coisa muito sofisticada.
E, Bart, até que você editou bem meu texto...porque da última vez que falei "Viviane Araújo foi pega de saia curta parando o tráfego"...daí você editou para "Pegaram Viviane Araújo numa saia justa no tráfico"....
Daí, nessa edição, foi parar nas primeiras páginas dos jornais.
Abração!
rsrsr

Anônimo disse...

poxa, tanta gente querendo ver CV, "que nem eu", e outras indo embora com o cara cantando ... não consigo entender umas coisas dessas ...

thanx vallin .. por compartilhar ..

bjão
fefetz