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sexta-feira, outubro 06, 2006

Se liga Zelig

Quem já leu entrevistas da Rita, já a viu nos tempos do Saia Justa ou mesmo conversou com ela, talvez tenha ouvido uma palavra que ela diz sempre, e que provávelmente não entendeu bem: Zelig.

Zelig é um filme genial de Woody Allen, de 1982 e é um pseudo-documentário, como certos livros que existem por aí. Leonard Zelig, interpretado por Allen, é um artista camaleão, um neurótico que leva a insegurança ao limite, tanto física como mentalmente. Ele se transforma em qualquer pessoa que esteja em sua companhia. O suprasumo da crise de identidade.
Qualquer pessoa, famosa ou não que esteja ao lado de Zelig, tem sua forma física, trejeitos, modo de falar, imitados perfeitamente. O filme, em branco e preto, nos deixa em dúvida o tempo inteiro, se aquilo é verdade ou não.

Não vou ficar contando o filme, pois vale a pena assistir. Qualquer locadora tem.
O que interessa é o conceito "Zelig", de sugar a personalidade de alguém. Por isso que Rita sempre usa esta expressão, ou seja que alguém é Zelig de outro alguém, ou que uma situação é Zelig de outra. Acho que o impossível é ser Zelig de talento.

Vamos roubar umas fotos do belíssimo livro "Rita Lírica", lançado em 1966, e que tem muitas imagens e letras de música. Tive uma grata surprêsa quando êsse livro saiu. Uma amiga, Margareth, que morava em Sampa nessa época, foi até a Bienal do Livro comprar o livro dos 3 porquinhos, não me perguntem porque. Entrou no stand da Melhoramentos e achou o tal livro, depois de andar muito. Ligada em música, perguntou para a vendedora se tinha algum livro no gênero. Então mostraram um livro sõbre os Beatles e êste da Rita. A vendedora acrescentou " A Rita vai chegar daqui a dez minutos para autografar o livro". Então a Margareth notou a fila que já se formava por lá.
Resumindo, falou com a Rita e disse "Tenho um amigo que é músico, mora em Ribeirão Preto, acompanha seu trabalho desde os Mutantes e te adora." Ela disse "Que legal, muito obrigada".
Só fiquei sabendo disso tudo quando o carteiro chegou e o meu nome chamou com uma encomenda na mão. Na primeira página, vermelha, escrito em dourado "Henrique, um beijo. Rita Lee". E assinado duas vêzes, pois a primeira borrou.
Nem precisa dizer que eu adoro a Maggie, que agora mora em Los Angeles, que me mandava as fitas com os TV Leezão, pois a MTV só pegava em Sampa, e que dois anos depois eu encontraria a Rita pra valer, e o resto é história.

Êsse post, e outros que virão, juntam Rita Lírica e Zelig. São fotos onde La Rúbia é o verdadeiro Zelig. Ou melhor, Zeleeg. Aos poucos vamos mostrando, e quem tiver mais, que mande.


Nem precisa dizer. Ney Nagrosso. Para Tia Neyde, só faltaram os pelinhos, mas pelo sim pelo não, melhor assim.

7 comentários:

Anônimo disse...

Rita consegue fazer todos os "Zeleegs" possíveis, na maioria se sai ainda melhor mas, é engraçado que ninguém, NINGUÉM consegue "Zeleega-la"

... nossa isso existe ?? eheheheeheh

Amanhã ..... Amanhã .... Amanhã ....
Sempre .. Sempre ... Sempre ...

Fernnie Lee

Anônimo disse...

Bartman cinéfilo,

Conheço esse filme do Woody, vale a pena assisti-lo! Outro em preto e branco que adoro dele é Manhattan (1983).
O lado Zellig de Rita é positivo, não significando, de modo algum, falta de personalidade, como aliás está bem claro no seu texto de hoje. Pelo contrário, é uma homenagem carinhosa dela, um pegar o santinho alheio.
Tenho gravada uma entrevista que ela deu à Marília Gabriela, em um programa da Bandeirantes chamado "Cara a cara",de 1991, no qual ela "zeeliga" várias personalidades, como Maria Bethânia, Ângela Ro-ro e Fafá de Belém. Fica igualzinha! Posso tentar disponibilizar pra você "you tubar" por aqui.
O mal é o Zellig que se transforma no outro por falta de talento, aí... e numa época de cópias, imitar Rita Lee é difícil, eu diria, impossível, concordando com a bela Fernanda Lee.
Me permita um protesto atrasaldino???: Caro Luiz Chagas, não use o meu santo nome em vão, você não é fã da Rita, meu filho. Se for, precisa de umas aulinhas de amor à ela e de boas maneiras. E tenho dito...

Anônimo disse...

Nuooossa...

a anta aqui sempre se perguntou quem seria o tal personagem encarnado... e não é que é a cara do Ney mesmo???

¬¬

abs

Anônimo disse...

Norma, além de fazer apologia ao crime na minha comunidade do livro ("eu lia o livro até dirigindo"), vc ainda erra a data do filme do Woody Allen? Assim não pode, assim não dá! Terei que baní-la de tudo! AUHAUAHUAH... brincadeira! Então, só uma correção: o "Manhattan", na verdade, é de 1979. Abraços!

Anônimo disse...

Aliás, uma outra correção (pro Bart, dessa vez): "Zelig" é de 1983. O únivo filme do Allen de 1982 é o "Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão" (A Midsummer Night's Sex Comedy). E já respondendo a uma provável pergunta: sim, sou detalhista pra kct! UHAUAHAUHA... abraço a todos!

Anônimo disse...

Tem razão, errei mesmo. kkkkkkkk Obrigadinha.Mas quando eu acertar, comenta também! Beijos.

Anônimo disse...

Pó dexa, minha querida! Ehehehehe... abraços!!!