A conversa é mole, mas o papo é firme.

sábado, janeiro 29, 2011

Enquanto seu lobo já veio

Há que se tomar fôlego para ler a história do Luizinho (Lobo mau com nome de sobrinho do Pato Donald). Se você adora o Lobão, e acha que tudo que ele faz tem sentido, é bom ir parando por aqui.
Já digo que gosto muito de suas músicas, tem dos melhores roques da ultima onda que passou por aqui, alem de uma vida controversa.
Mas (sempre um mas para acabar com tudo) o texto é duro de encarar. Seria mais fácil se o próprio tivesse escrito, pois diríamos que como não é escritor, pode errar um pouquinho. Mesmo assim, para isso existem editores.
Tive duas muito boas, que me ensinaram muito quando de RLML. Primeiro, que quem quer ouvir história de famoso, não esta muito interessado em origens muito detalhadas, tios malucos, primos degenerados, pois toda família tem isso. Assim sendo, meu livro perdeu 4 capítulos iniciais.
E depois, cortar as redundancias e ir direto ao assunto.
No Lobo, as primeiras 200 páginas são terríveis. E tem uma coisa estranha, que é colocar ao final de vários capítulos um tal Lobão na mídia, que nada mais é do que o que foi dito no capítulo. A gente aprende a pular. Outra é o abuso da frase "aí aconteceu um fato que mudou minha vida". Oras, o cara deveria abrir uma transportadora, de tanta mudança que tem no decorrer.

A história do roquenrio não é bem aquela, assim como no relacionamento com a mãe, mas não me atrevo por aqui. O texto poderia ser reduzido pela metade e daria muito mais gosto de encarar. Lembrando que Ritz o chama de Lobobão. Quem é interessado não vai escapar nem do preço, pelo tamanho, e nem do texto, pois nesta terra onde tudo se acoberta, um tanto mais de informação sempre é necessário.

Depois desse, encarei Vaudeville, do Ricardo Amaral, que conta o que pode (acho que 5%) do que pode se contar das farras e bastidores da high society. Também é enorme, mas apesar de ficar se colocando como inventor do mundo em várias situações, como todo bom auto biografado egotípico, não perde muito tempo em origens e devido ao grande número de personagens, muitas histórias para contar.
Fica meio chato porque não perde o jeitão de coluna social, onde importa o sobrenome, suas posses, no caso feminino qual o atual sobrenome, e tem que ser bonito, divertido, etc. Nas artes, não passam de drogados, na society é gente desprendida, divertidíssima, o máximo, engraçadíssima, e um tanto destas palavras que gostam de utilizar. Resumindo, é chato, mas sempre tem histórinhas de bastidores de famosos.

Um bom cd e um belo dvd foram feitos por Gilberto Gil. Fé na festa. É puro forró, sempre lembrando que Gil começou como sanfoneiro. Vale muito conhecer, e é Giló, com a voz que lhe resta, correndo atrás de tempos perdidos em ministérios. Minimistérios.

E completamente longe das capitais, mas de extremo bom gosto, o cd de um amigo de faculdade, que depois ajudou a formar o NÓS, Zé Cláudio, que toca todo tipo de sopro, mas entrou numa área específica muito bacana, que são os pifanos. Gil e CV os apresentaram ao mundo no início de suas carreiras, e quem não ouviu falar na Banda de Pifanos de Caruaru?
Além de seu disco autoral, chamado Pife Camaleão, Zé constroe pífanos, uma flauta feita de bambu, e publicou métodos que ensinam a execução. A Banda Bambu que o acompanha é extremamente competente. O Zé é de Botucatu/SP.
O contato:
zeclaudiopifano.blogspot.com
zemusico@ig.com.br

E Ritz agora promete um blog em breve. É bom lembrar que tempos atrás comentamos como poderia ser sua passagem pelo twitter. Rápida, mas intensa. Aproveitem bem o blog, que assim também será.

2 comentários:

Unknown disse...

Tava com vontade ler o do Ricardo,mais vc ja me desencanou!!!Do Lobão nem pensar,sem saco para isso...

Simoni disse...

Eu tb gosto das músicas do Lobão, e concordo que ele tem dos melhores roques da ultima onda que passou por aqui.
Domingo ele estará no 'De frente com Gabi', falando desta bio.
http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2011/01/27/sempre-cheirei-cocaina-da-melhor-qualidade-diz-lobao-a-marilia-gabriela.jhtm