A conversa é mole, mas o papo é firme.

segunda-feira, junho 01, 2009

Envelheço nessa idade

Pelo que ví ao vivex, e pelo que tem saído nas mídias, acho que Ritz está em um de seus melhores momentos. Eu já tinha dito da leveza e alegria dos bastidores, e acho que o grande sinal é ela estar dando algumas entrevistas cara a cara, ou seja, muita coisa aconteceu nos últimos anos.
Acho que ter saído da clausura de um ap, de voltar a cohabitar com o companheiro, poder por o pé na terra, isto mudou tudo. Não precisa mais a paúra da proximidade de um inquisidor, pois nada existe para inquirir.
Lógicamente a cara aparece mais para promover o produto, pois mercado é mercado e a coisa está muito difícil. Existem reclamações. Porque mais um trabalho ao vivo. Oras, porque no momento atual, lançar algo inédito, só com algum fato nôvo, um escândalo, uma reviravolta na carreira, para poder virar alguma coisa.

Gil lançou um disco bom, mas apenas sequencia do que já fazia. Poucos ouviram falar. Caetano resolveu fazer Cê 2, e acho que não vai virar, porque tenta repetir a fórmula, mas sem a raiva que resultou em Cê. Não adianta nem se jogar no fôsso. Diluiu.
Quem não sabe que um trabalho "ao vivo" é totalmente regravado depois em estúdio?
Tem que ser visto como um souvenir da viagem. Viu o Cristo, foi em Aparecida do Norte? Compra a miniatura do Senhor e da Nossa Senhora, que por sinal sempre são bem mal-feitas.
No caso fica um som muito bom, imagens que não se viu ao vivo, embora também reclamem que não são criativas. Lembrem-se que há pouco tempo a queixa era de que não existiam registros em DVD. Agora é porque tem.
Como sempre, é só reclamar. But I like it.
As entrevistas acabam trazendo mais do mesmo. Estou tentando uma ação em nome da anarquia, e vamos ver se vai virar.

Tem boas entrevistas do Erasmão na Trip, e de CV na TPM. Valem a pena, nem que lidas no desbaratino. Quem sabe agora com acareações teremos algo mais revelador?

O livro do Buarque...bem...o cara tem a manha da palavra, tem a manha da condução, e dá pra ler num tapa. Belas imagens, situações que mexem com o tempo, e mostram uma mente envelhecida conduzindo. Não a dêle. A do personagem principal.
Sempre achei que o Buraco de Orlândia fazia música para impressionar o Jobim, e escrevia para o Rubem Fonseca. Uma boa leitura, de qualquer forma.
Mas confesso que estou mais enganchado na parte 2 de Millenium. Boa história, e tem que ser boa, pois são 600 páginas a encarar.

E sempre Normix e Moni contando sôbre como andam as apresentações da madama.

Hoje fico exatamente a dois anos dos sessentão. Não é tão mal assim. O que da para concluir, é que o tempo vai, mas não mudamos. Vamos acrescentando as vivências, mas somos os mesmíssimos, sempre. Temos ao mesmo tempo dez anos, trinta, cinquenta. As pessoas só mudam forçadas por tragédias e fatalidades, que o Criador nos livre. Existem grandes perdas, mas na maioria são as naturais da vida, das quais não há como escapar. O que sobe, desce, o que começa, acaba.
Às vêzes, da boca pra fora dizemos que daqui pra frente tudo vai ser diferente, mas é balela. Sempre somos os mesmos e vivemos como nossos pais. Tudo isto para horror de La Farniente, que odeia que se expressem com letras de músicas. Só não acreditem no deixa a vida me levar, pois aí vai pro ralo. Tem que ter contrôle sôbre o presente, pois futuro é sonho e o passado não tem como mudar. Daí não é distante concluir que o caminho se faz mesmo ao caminhar. Viva eu, viva tudo, viva o Chico Barrigudo.

P.S. - Fico imaginando qual é o produtor que não incluiu ELA nas divas cantando o Reibeirto...apesar que Besthânia estava escalada e não apareceu...e teve muita gente que cantou no show e não apareceu na globo...será que existe algo entre o céu e a terra que não saibamos?...diz aí...

E quem quizer saber da Feira do Livro de Riba, vai no link, clica em programação, entra no pdf, vai rolando que uma hora encontra The Nóis na fita, mano.

http://www.feiradolivroribeirao.com.br/novo/

3 comentários:

Norma Lima disse...

Eu não entendo esse blá blá blá de alguns segmentos da crítica e de outros sobre as inéditas da Rita.
Ela sempre lança inéditas nos cds ao vivo: no MTV de 2004 tem "Meio Fio", "Coração babão", "Eu quero ser sedado" (versão dela); no Multishow 2009: "Se manca", "Insônia". NO dvd Biografitti lançou "Dinheiro", "Sou do tempo", "Tão". Mas isso sem a chibata antiga das gravadoras do "tem que lançar todo o ano".
É claro que os admiradores dela desejam um trabalho de inéditas, mas às vezes fico meio puta com essa cobrança (nem tanto dos fãs de verdade, mas de alguns outros cabras) porque parece associada à crise de criação e à inevitável aposentadoria.
Também continuo achando que os jornalistas não merecem este espaço mais próximo. Só perguntam e escrevem besteira! Esta mais recente entrevista ao vivo, da Folha de São Paulo, por exemplo, o camarada até que fez uma redação razoável, mas escreveu lá que ela "não é exatamente o que podemos chamar de pobretona", por isso não corre tanto atrás de gravar coisas novas. Não se pode elogiar...
Ela foi convidada para participar do Roberto Carlos, porém, devido á agenda, não pôde ir.
E não é pra me gambá não (como diria ELA), mas pra saber sobre Rita pelos próprios fãs, o melhor a fazer é ler meu blog
http://ritalee.blog.terra.com.br

Norma Lima disse...

Como o analfabetismo funcional está em alta, e a moçada lê, mas não entende porra nenhuma (taí os exames de avaliações federais e outros ais que não me deixam mentir) à menção que eu fiz à "inevitável aposentadoria" deve vir sob aspas, bien sur, porque eu não acho nem que ela está velha e muito menos que deva se aposentar, porém, uns aí menos votados acham.
Como diria Drummond: Se meu verso não agradou foi o seu ouvido que o entortou.

Norma Lima disse...

E Feliz Aniversário atrasado! (Também, você esqueceu do meu..., deve ser a idade... haha)