A conversa é mole, mas o papo é firme.

quarta-feira, abril 09, 2008

Tiros pelo cu-latra

Brothers and sisters. Vou confessar aqui que eu não gosto de esportes. Mas que fique bem claro: eu não gosto dos esportes oficiais, ou seja, a máquina ou mafia industrializada do esporte.
Acho que nem precisa ficar falando, mas pela grana que envolve, quem não sabe que se fabricam resultados, perde-se lutas, ganham-se corridas e tudo mais, isto de há muito tempo?

Para que se tenha idéia, não torço para nenhum grande time de futebol, apenas para o Comercial Futebol Clube de Ribeirão Preto (gramado do qual Ritz pisou galhardamente em um João Rock). E torço porque a coisa é tão pobre, que é impossível ter falcatrua, pois não tem dinheiro para ser roubado. O Comercial escapou milagrosamente de ser rebaixado para a série 3. É sempre esta emoção de estar lutando para não cair, e não para ser o campeão. Emoção garantida, e sem dinheiro de volta, pois não tem mesmo grana. Você sente alívio, e ninguém sai por aí praticando vandalismo quando se escapa por pouco. Fica-se bem quietinho e feliz.

Esporte interessa porque vende artigos esportivos, empresários lucram com vendas de atletas como gado, e torcidas felizes não protestam contra deficiências sociais.
Ai que dó, quando ouço alguém dizer "Nós ganhamos" algum tipo de competição, com aquele prazer estampado na face.
E tem a máquina de fazer atleta, animais feitos para competir. E para dar uma disfarçada, pegam alguns por doping, por uso de anabolizantes.

Mas eu seria um grande torcedor, se acabasse a hipocrisia e fossem feitos os jogos da chapação, já que é para testar quais são os limites do ser humano.
Já imaginaram uma prova de 100 metros rasos (ou esticados) com cocaína?
E uma prova de 500 metros com barreiras para bêbados? Ganharia o que chegasse mais longe, ou que andasse mais em linha reta. Em todas as competições seria permitido o pit stop, para chapar mais. E nado livre masculino com Viagra e vela? E xadrez com maconha?
Imaginem basquete com ácido. O ginásio iria pulsar freneticamente, as tabelas iriam derreter, a bola teria asas, os times iriam se unir para tentar ao menos uma cêsta, para saciar a torcida.
As provas de tiro, além do alvo, envolveriam também a torcida, que correria por suas vidas.
Maratona com anfetaminas. O vencedor seria o que corresse mais dias seguidos.
Isto sim seria maneira de testar os limites do ser humano.

Mas isto foi só introdução para falar de algo ligado ao esporte e que esta me deixando extremamente feliz, que são os protestos por onde esta passando a tocha olímpica. A tocha que não pode ser apagada jamais, já negou fogo várias vêzes. Lógico que tem interesse, pois é uma oportunidade do resto do mundo capitalista dar uma afastada no perigo amarelo que ameaça as posições mercadológicas mundiais e outros interesses mais excusos. Isto lembra quando Hitler quis fazer uma olimpíada para mostrar o poderio nazista (este meu tio era mesmo levado), e quebrou a cara, quando os negões ganharam várias provas do arianos. Os china gostariam de mostrar também seu poderio escravizado, mas vai sair pela culatra. E não acho que deveriam boicotar os jogos, mas sim aumentar os protestos antes e durante. E aquela pérola das argolas olímpicas trocadas por algemas? Eita mundo bão.

Eu só gostava mais quando Tibete era Tibet, e a gente pronunciava Tibé e não Tibéti. Era mais bonitinho. Mas primeiro vamos liberar os monges, e depois quem sabe um dia vai dar para livrar a chinaiada que nem imagina que está presa, por falta total de informação.

Logo mais tem uns presentinhos de fotos do show de Sampa de Ritz, que boas almas enviaram.

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