A conversa é mole, mas o papo é firme.

sábado, fevereiro 03, 2007

Escavações

Talvez por ser um mero geminiano, tenho interesse pelas mais diversas coisas, seja em arte como na própria vida em si. Dizem que os gemini mexem em tudo, mas em nada vão profundamente, e assim sendo são engraçadinhos embora nada saibam, pela dita superficialidade. Mas também ficar aturando definições alheias já é um tanto demais.

É lógico que o povinho do ar, gosta de voar nas asas da imaginação além do normal, mas ao menos para abastecer, temos que dar uma chegadinha em solo firme. Mas no circo zodiacal tem lugar para todos e achar que seu signo é melhor que os outros é bobeira. Quando alguém me diz que seu signo é o melhor, sempre concordo e digo:"Sim é o melhor dos 11". Pura modéstia, concordo.

Mas o papo não tem nada a ver com os astros. Ou melhor, tem, mas são os astros aqui da Terra. Para não dizer que não me interesso por flores, mas pelo jardim inteiro, uma faixa que muito me interessa, são os anos 1960. Acho intrigante tudo o que aconteceu naquela época, principalmente a reação intelectual contra a idiotice daquela guerra mundial promovida por meia dúzia de debilóides, que infelizmente tem sua prole continuada até hoje.

Falando mais sobre música, me atrai muito o que foi produzido na Inglaterra, nos States e no Brasil. Para focalizar mais, separo duas cidades de cada região. Na Inglaterra, Liverpool/Londres, nos States, a Califórnia, mas em São Franciso/Los Angeles. E no Brasil, Ficaremos no Rio de Janeiro/São Paulo.
Estas cidades se tornam síntese porque na verdade se as coisas aconteciam ali, era porque todo mundo que interessava na época, acabou atraído para estes domínios.

Tudo começou nos anos 1950, mas nos 60 foi uma avalanche. As substâncias alteradoras da percepção sempre foram usadas pelos criadores deste o velho egito, mas era tudo esparço e ninguém sabia o que realmente acontecia nos estados alterados da mente. Mas é só para dizer à respeito de um dos muitos aspectos que me atraem a esta época.

Para não virar defesa de tese, vamos falar de algo específico. Lógicamente pela idade e pela localização geográfica tenho que ler bastante para entender como várias coisas aconteceram nesta época, e gostaria de falar de um assunto efervescente, que foram os movimentos musicais na área Rio/Sampa.

Como em todos os outros lugares, as coisas aconteceram nestas cidades, simplesmentes porque as pessoas iam para uma delas vindas de lugares aonde nada iria acontecer por falta de estrutura, e movidas apenas pelo afã de botar para fora o que as atormentava, fosse isso arte ou a busca do eldorado.

Muito já falamos, mas 3 movimentos importantíssimos tiveram seu auge e decadência no pequeno período desta década. A bossa nova até que teve a maioria de seus criadores oriundos do próprio berço carioca. Que me lembre, só João Gilberto é baiano.
Jovem Guarda e Tropicália aconteceram em Sampa, mas seus expoentes eram de várias partes do Brasil, muito embora tenha sido a rigidez e precisão da cidade de concreto que jogou combustível no fogareiro.

Meus caros comentaristas, esta foi a introdução para um assunto que vai ferver um pouquinho, e que vou comentar por aqui devido a um livro que li esta semana, e que embora até pequeno, me fez montar um pedaço um tanto sórdido de um quebra-cabeças.

Se vai ter Ritz? Ora, vamos falar da Tropicália, por isso sempre tem ao menos uma nota de pé de página.
Nos próximos capítulos, mais dados. Como toda novela que se preze, temos que prender o espectador. Não vai ter gente pelada, mas tem traição, amores não correspondidos, ilusões, desencontros e um final, que não sei se será feliz.

Vai uma isca bem cafetina de madame, para que o post não fique com zero comentários...affff...

8 comentários:

Anônimo disse...

sem dúvida os tropicalistas foram os mais dos mais , dos mais dos mais ....

muita gente fez música .. expôs de alguma forma o que estava sentindo e o que era reflexo de um tempo ...

não é pq Rita estava lá no meio que eles são os melhores ..

Ela seria a melhor de qualquer jeito mas eles são os melhores pq a música tem alma ..

..é boa musicalmente e moralmente, contrariando a moral e os bons costumes .. quebrando as paredes da sonoridade .. fazendo com que a música viva além das notas ..

Nós queremos banana ...

Pra mim os maiores tropicalistas atuais são Ritz e Tom Zé ..

Viva esse movimento que de tão movimentado pode ser definido como perfeito ..

bjões
fefetz

PS .. Rita tá leenda nessa fotoooooooooooooo ..

Anônimo disse...

Bartz,
Tropicalismo...anos 60...psicodelia...e coisas e tais...
Sim, meu caro, o tropicalismo veio como alternativa aos extremos de direita ( ame-o ou deixe-o) e os de esquerda ( china comunista). Com seus ares artisticos e cosmopolitas trouxe a contracultura como forma de fazer frente a opressao.
E Rita? Lah..suavemente danada...com seu feminismo 'incorporado' oferecia uma nova forma de ser mulher.Com sua leveza ironica ate subverteu o papel da noiva virgem...
Nada melhor do que Rita Tropicalia e Rita Bossa-Nova!
" Garota Bossa_nova caiu no R. e so da ela..ye..ye..ye..na passarela"
San Francisco continua hippie, apesar dos pesares.
Adoro esse lugar...Eh uma cidade que permite muito as pessoas explorarem novas formas de ser...
Essa semana quando saih do metro, encontrei um mendigo na calcada plantando bananeira e cantando bem alto...Quer subversao maior do que essa?! hehehehehehe
Los Angeles..nao curto..acho muito patricinha...
O Rio? Continua lindo de morrer como diria Rita...
E por falar nela..Serah que ela jah veio em San Francisco...Eh a cara dela..serah que veio na epoca dos Mutantes? Senao veio ainda, o convite esta feito...Terei o maior prazer em mostrar a cidade a ela..
Bobinho, nao?
Abracao Bartz!

Anônimo disse...

Rio/Sampa/final dos 60..o sonho, a largada...sabíamos disso , que era lá, o Rio(não menos importante) até que ficava na opção 02...e o quente era ir pra Sampa. Tantos acontecimentos nestas capitais, desde a era dos cantores(as)do radio c/Chico Alves,Emilinha até c/RC indo pro Rio ralar na noite imitando João Gilberto(dizem que ele assistiou RC numa noite). Mas Sampa era mais pancada.Jovem Guarda, Tropícalismo e sobretudo acima da velocidade da luz de nossos queridos Mutantes...e por ai vai...vai ter muito assunto

Anônimo disse...

Anos 60...orra meu faltavam 32 anos para essa fútil pessoa que vos escreve nascer....
Eu nem estava pensando em nascer e o amor da minha vida ja arrasava! (Rita nasceu arrasando neh!)
O tropicalismo arrombou a festa, foi realmente um super, iper, mega, master. blaster legal :P

(Um assunto não muito a ver mas...)
Foi na época do Tropicalismo que RC estava começando????? Enfim, o pouco do 'afeto' que eu tinha pelo RC foi pelo ralo.
RC foi entrevistado e disse com todas as letras que não é fã da Rita, pois na opnião dele, Ritz deve 'párar' pois ja é vó e é uma sessentona e se não venha a parar seria para Ela fazer algo que valhia a pena!
Ve seu eu posso com uma coisa dessa!!!

VIVAO TROPICALISMO E VIVA A RITZ!!!

(Roberto Carlos tem franja como a Rita neh...tem velhinho que não se encherga mesmo!)

beetokeenhas.


Dani Lee

Anônimo disse...

(Será que é verdade as palavras de Roberto Carlos????? Caso alguem quweira saber mais da entrevista acessem o orkut

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=47741&tid=2513454261526002226&na=1&nst=1

Anônimo disse...

No final dos anos 60 surgiu um movimento chamado “contracultura”. Esse termo foi inventado pela imprensa americana para denominar uma série de eventos ocorridos nos Estados Unidos, Europa e com menor intensidade na América Latina, com a cultura vigente instituída pela sociedade da época.
Uma preocupação ou sensibilização com o meio ambiente aparecia junto com uma crítica mais profunda que os movimentos sociais da época faziam, principalmente entre os jovens, quanto ao estilo de vida, valores e comportamentos de uma sociedade consumista e depredadora.
Nos Estados Unidos a contracultura foi caracterizada pelo movimento "hippie", que fazia questão de contestar os valores culturais da época através de ações pacíficas [paz e amor], passeatas pela paz, viagens de mochila, drogas e a música [Woodstock].
A contracultura na Europa foi marcada por acontecimentos violentos, como o conhecido por Maio de 68 em Paris e também a Primavera de Praga, na antiga Tchecoslováquia.
No Brasil foi caracterizado pela Tropicália, que se manifestou através das artes plásticas, cinema novo, psicodelia e a música.

Alguém falou em dissertação?

Anônimo disse...

Saudades de um tempo que eu não vivi.

Beijokas Barts!

Anônimo disse...

Que foto linda!!! Não tenho mais nada a dizer.

Brincadeira.

Também sou extremamente ligada a essa época. Vivo ouvindo todas as coisas possíveis que foram produzidas e procuro ler tbm... 23 anos nas costas, né? Fazer o que? rsrsrs...
Gosto de quase todas as vertentes da música brasileira dessa época. Todas, de uma certa forma revolucionaram e, principalmente, abriram caminhos pra quem veio depois. Tropicália é a minha paixão. Era um grupo de pessoas antenadas que pegaram o que estava acontecendo em São Francisco, misturaram com o Brasil e trouxeram pra nós... eles cantavam tudo aquilo que eu acredito: REVOLUÇÃO DE COMPORTAMENTO. Mas, a "outra turma" tbm teve sua importância. Não, não estou falando da Jovem Guarda e sim dos "MPBistas". Vandré, Elis, Edu, Chico "Imparcial" Buarque, Sérgio Ricardo e blá blá blás, foram fundamentais. Tbm fizeram a minha cabeça... O que existe em comum entre eles é que todos beberam na fonte da Bossa Nova, mesmo sem perceber...
Jovem Guarda? Nádegas a declarar.

Enfim... tá. Cheguei meio atrasada no post mas se a discussaão continuar eu matraco mais aqui.

Beijo!