A conversa é mole, mas o papo é firme.

domingo, dezembro 10, 2006

Cassião

Este seria apenas um post temático, mas em razão do esfôrço de reportagem de mr. Rubs, quando cheguei de viagem domingão, já tinha imagens de Araras. Então vamos compartilhar, gente, que assim que a vida é boa.

Primeiro uma bisbilhotice total. O sacrosanto do santo saco. Agora só falta VOCÊ.
Notem o detalhe do extintor de incêndios, just in case...



E mais uminha só pra dar uma presença. Amanhã tem mais, pra festejar o post 100.



10 de dezembro. Em 1962, nascia La Eller, e hoje faria 44 anos. Ela veio em dezembro e se foi em dezembro. Vai fazer 5 anos, isto aí.

Acabou de sair em dvd o show dela no Rock in Rio. Eu tinha em vhs gravado direto da tv, mas dvd, com extras, som mixado, é outra coisa. E é uma paulada. Cassião roubava as músicas de todo mundo. Ela cantava, já passava a ser dela. Coroné Antônio Bento, Come Together, Smells like teen spirit. Tudo música dela. Músi Cadela. Musa Cadela.
No dvd aparece o filho dela, o Chicão, agora com 13 anos, lembrando a aparição que fêz no show do dvd, e a mãe atendendo o pedido e cantando Nirvana.
Fico pensando neste moleque. Muitos aí conhecem a história, mas vamos lá: era notório que Eller gostava da outra fruta, mas resolveu dar um plus no casamento e arrumar um filho. E ela, não a mulher dela. Durante muito tempo foi segrêdo quem era o pai, mas depois vazou. Era o Baixista, letra maíuscula, Antonio Fialho, que tocava nos primeiros discos dela e também na banda.
Fialho era um baixista daqueles únicos, que davam novas dimensões ao seu intrumento. Emprenhou Eller a pedidos, sem envolvimento nenhum, apenas ajudando na vontade da maternidade. Estava tocando na Legião Urbana, quando aos trinta e poucos, se foi numa porrada de carro. Fialho estava um dia em Santa Rita do Sapucaí/MG, onde morava a família da mulher, e viu o NÓS tocar num show em praça pública. Depois foi lá bater um papo. A honra de ter apertado a mão de um cara destes.
E aí está o Chicão, filho de gênios e órfão muito cêdo na vida. Essas pessoas tem que ser especiais, não tem jeito.

Tive o privilégio de ver Eller em ação uma única vêz, aqui em Ribeirão, no Teatro Pedro II, pouco antes deste Rock in Rio. Magnetizante. Eller adora mostrar o pau, coçar o saco, e principalmente levantar a blusa para mostrar os peitos balouçantes. E fêz tudo isso, claro.
Mas rolou uma coisa que já me aconteceu mais de uma vêz: depois de terminado o bis, ela colocou a palheta entre o indicador e o fuck you e jogou firme para a frente. Acertou na minha testa e caiu na minha frente. Peguei o troféu e dei pro Kei, meu filho que estava junto, começando na guitarra, repassando-lhe a benção recebida.
No parênteses, quando assistia ao show Santa de Rita de Sampa, de vocês sabem QUEM, na Cava do Bosque aqui em Ribeirão, e ao final Roberto de Carvalho jogou a palheta, e adivinhem em cima de quem caiu? Também está em casa. Eu ainda não conhecia Ritz, mas conversei um pouco com Beto Lee, neste dia.
Mas a maior, já ampliando infinitamente este parênteses, foi no Rock in Rio 2, em 1991, quando assistindo ao show do Prince, no meio daquele povão todo veio bem em cima de mim o pandeiro negro que ele jogava no povo. O couro prêto, com aquele símbolo que foi o nome dele uns tempos em dourado.
Nas fotos antigas do NÓS, no www.gruponos.com.br tá na mão do percussionista, numa foto promocional. Bem, este não está em casa porque foi "sumido", eu até sei onde está, mas que Deus abençoe a todos. Um dia a gente fala do Prince.

Não sei se alguém registrou, mas neste dia que Cassião tocou em Riba, foi depois a um boteco que não existe mais, e que se chamava Geórgia. Lá estava tocando uma banda de blues formada por 3 irmãos, o Sunwalk and the Dog Brothers, muito considerada no gênero, e ela deu uma canja de trocentas músicas, só blues. Eu não ví, só ouví falar.

Mas Cassião indubitávelmente (bonita essa, heim?) era a sucessora natural do cetro da santa no roquenrou tupinicu. Cruzaram-se no acústico de Ritz, e num top top na MTV.
Neste top top, quem tiver, dá uma olhada que Cassião vacila para entrar numa parte. Um dia perguntei a Ritz o que tinha rolado. Ela disse que Eller estava bebaça.
Mas o dvd vale da cabeça aos pés, e também o livro "Apenas uma Garotinha: a História de Cássia Eller", de ANA CLAUDIA LANDI EDUARDO BELO . É um bom relato da história da conturbada tímida nos bastidores, furacão no palco.

Salve, salve.

6 comentários:

Anônimo disse...

Tem esse vídeo da Cássia&Ela no vmb-mtv.
E é engraçado a parte que a Rita parece que esquece a letra e coloca a mão na cintura.
Depois vem a Cássia e meio que se enrrola.
http://www.youtube.com/watch?v=1xqXKdnEoDw
Essa bio é um bom pedido para próximo livro.
E a capa é linda.
abç

Anônimo disse...

Fialho foi baixista da Banda Sabor de Veneno que gravou o antológico LP "Clara Crocodilo" de Arrigo Barnabé em 80, né??
Que pais este menino teve!! E tem tb uma super mãezona chamada Eugênia!

Que inveja das tuas conquistas do Prince, meu príncipe amado!! Quero saber mais!

Anônimo disse...

Só pra registrar: Araras foi muito bom... calor e energia total!!!

Ritz tava cantando pra caralho, pulando pra caralho, tava DEMAIS!!!


Li a bio da Eller mas achei meio sem sal... ela merecia algo mais picante, não um relato de como foi a vida... ela merecia uma Farniente...

Anônimo disse...

Salve, salve! Pra sempre!!! Sempre! Lamentável e dolorida perda para os amantes de música phoda de boa e de roquenrou tupinicu (hauahuahuahaua... este último termo hauhauhaua... engraçado!). Pois é, viva Cassião!

Beijo!

Anônimo disse...

Barteiro, já tava com saudades do teu blog, êta cachaça...
Que jóia (essa gíria é veia) dar de cara com o camarim de Ritzinha em Araras no teu post de hoje! Grande idéia Rub! E deu uma de mineiro, nem comentou nada com os outros fiéis da Santa ontem, heim? Bela surprise!!!
Vem cá, Bart, você tem íma pra palheta e outros objetos lançados, é? Tomara que atraia só os bons objetos, rsrsrsrs...
Fiquei muito triste quando Cássia Eller morreu, tomei um porre e tanto na época...
E amanhã vou contar no blog sobre Araras, eu sei que estão até brigando para ler e que a curiosidade é imensa, só tenho a pedir: calma, minha gente.
A Rita é deste mundo? Está cada dia mais bonita e quando mais a vejo mais quero vê-la.

"But when I get home to you
I find the things that you do
Will make me feel alright"
(A hard day`s night
Lennon/ McCartney)

Anônimo disse...

Cássia cantava com alma.. mandava ver sem se preocupar como ... continua sempre e continuara nas vitrolas de bom gosto e nas vitrolas dos não caretas .. viva Cássia Eller .. Rita sempre diz antes de top-top .. Viva Cássia Elles vamos sempre dizer ...

viva viva viva ..
f.lee

ps: e essa palheta hein ............ ahhhhhhhhhhhhhhhhha ahaa ahaaaaaaaaaa ahaaaaaahahah
o chicão é leendooooooooooooooooooo ... mt fofo ..